Brasília (DF) – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e parlamentares tucanos e de outros partidos comemoraram nesta terça-feira (25), em sessão solene no Senado, os 20 anos do Plano Real.

Na presença de parte dos antigos integrantes da equipe elaboraram o plano, como o economista Edmar Bacha e o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, Fernando Henrique relembrou os momentos que antecederam o lamento do Real e Aécio recordou a oposição ferrenha feita pelo PT às medidas que acabaram com a hiperinflação no país.

A sessão foi convocada por Aécio Neves e pelos deputados federais Mendes Thame (SP) e Luiz Carlos Hauly (PR), ambos do PSDB.

Fernando Henrique, Aécio, Thame, Hauly e demais lideranças de outros partidos se revezaram na tribuna durante a cerimônia. Nos pronunciamentos, todos fizeram questão de destacar a coragem dos idealizadores do Real e a contribuição do plano para a economia e para a sociedade brasileira. O prefeito de Manaus (AM), o tucano Arthur Virgílio Neto, também prestigiou o evento.

“Quando assumi o ministério, disse que o Brasil tinha três problemas: o primeiro a inflação, o segundo a inflação e o terceiro, a inflação. E nós acabamos com a inflação”, lembrou Fernando Henrique.
Histórico

Aécio definiu o Real como um projeto histórico. “O maior programa de distribuição de renda da história do país” , disse ele, destacando que  as atuais gerações não conhecem os efeitos da hiperinflação e recordou que, à época da implantação do real, um grande clima de desconfiança pairava sobre o Brasil – motivado principalmente pelos planos ineficientes que antecederam o real.

“Fernando Henrique foi o líder capaz de reunir inteligências, convocar sacrifícios e esforços, e fazer o país convergir para a trincheira da nossa principal batalha a ser travada, contra o inimigo mais insidioso – a hiperinflação, que anulava o nosso presente e roubava o nosso futuro”, afirmou o presidente do PSDB.

Além das conquistas econômicas e sociais, também foi ressaltado pelos tucanos a forte oposição que o PT fez ao projeto à época da criação.  Hauly lembrou que o então candidato às Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o projeto de “estelionato eleitoral”.