O secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, palestrou na reunião-almoço da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Esteio (Acise). Com o tema “Perspectivas para a geração de energia no RS”, Redecker falou sobre situação energética do estado, e as ações da Secretaria para melhorar o cenário gaúcho.
Para Redecker, os principais problemas do setor energético no estado são a ausência de planejamento e a baixa diversificação no uso de fontes alternativas. Para isso, a Secretaria de Minas e Energia desenvolveu o Plano Energético do Rio Grande do Sul, que traça um diagnóstico do cenário atual, para garantir um abastecimento de energia com qualidade e continuado, que atenda às necessidades da população. “O plano deixa claro onde está o potencial para a geração de energia no estado e quais as fontes podem ser melhores exploradas”, diz Redecker.
O Estado enfrentava dificuldades, como morosidade no licenciamento ambiental, ausência de políticas públicas para o setor e ausência no Estado de um interlocutor para o setor de mineração e energia. Com a criação da Secretaria de Minas e Energia, no início de 2015, o cenário mudou. Foram desenvolvidas políticas públicas para o setor, como a isenção de ICMS para mini e microgeração de energia e a Política Estadual do Biometano. Além disso, o Estado atua diretamente na captação de investimentos e na desburocratização de processos, agilizando a instalação de empreendimentos no setor.
Segundo o secretário, essas dificuldades são enfrentadas com três passos: planejamento, execução de médio e longo prazo e melhoria nos serviços e redução da tarifa, fomentando investimentos em fontes de energia com custo mais baixo para equalizar as fontes térmicas mais caras, porém necessárias para o sistema. Para tanto, foram criados grupos de trabalho na secretaria, como o GT Solar e o GT Eólico, e comitês que mediam a discussão entre o setor público e o privado, como o Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs) e o Comitê de Planejamento de Mineração do Rio Grande do Sul (Comergs).
Redecker falou sobre as premissas da SME para atingir seus objetivos. Segundo o secretário, o Estado deve fomentar cadeias produtivas voltadas à geração de energia, assim como também dar condições para ampliação da micro e minigeração, o que tem sido realizado para a Secretaria. “A energia não está ligada apenas à luz, mas também à força de produção. Um abastecimento de qualidade e com potência é sinônimo de desenvolvimento para os gaúchos”, disse.