O Rio Grande do Sul tem um imenso potencial para a geração de energia limpa e renovável, que poderá ser melhor explorado com o Programa RS Energias Renováveis, que está sendo preparado pela Secretaria de Minas e Energia (SME). Os detalhes do programa foram apresentados na primeira reunião do Comitê Gestor, na sede da secretaria.
O objetivo do programa é fomentar o crescimento do setor energético renovável através de ações que facilitem e agilizem a realização de projetos destinados a geração de energia limpa, principalmente através das fontes solar, eólica, hídrica e de biomassa. De acordo com o diretor de Inovação e Fontes Alternativas da SME, Carlos Augusto Almeida, uma linha de crédito está sendo criada junto ao Badesul e BRDE para construção de empreendimentos e compra de equipamentos.
Na área de energia eólica, por exemplo, o Rio Grande do Sul tem capacidade instalada de 1,55 GW, mas um potencial ainda inexplorado da ordem de 103 GW. Levantamento da secretaria aponta ainda que o potencial para geração de energia a partir da biomassa é de 850 MW, sendo que há, neste momento, 351 MW instalados. Da mesma forma a geração de energia hídrica tem instalados 602 MW e um potencial para gerar até 10,1 GW de energia. Já em relação a produção de energia fotovoltaica, a secretaria está trabalhando na preparação do Atlas Solarimetrico, que vai evidenciar quanto o Estado tem condições de produzir a partir desta fonte.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, diz que o Rio Grande do Sul segue a tendência mundial de ampliação na sua matriz energética da oferta de energia a partir de fontes renováveis. Conforme ele, o programa oferece alternativas para redução da crise energética nacional, além de diversificar de forma sustentável a matriz energética. “Uma vantagem importante é que o programa nos dá autonomia na geração de energia, bem como permite um melhor aproveitamento dos recursos energéticos gaúchos”, declarou.
O programa será gerido por um Comitê Gestor, formado por órgãos e entidades governamentais, que será responsável pela avaliação e acompanhamento dos projetos inscritos no programa, além de propor a inclusão e exclusão de ações, como incentivos e benefícios, definirá metas e avaliará o desempenho. Participam do Comitê Gestor, além da secretaria, a Fepam, Badesul, BRDE, FEE (Fundação de Economia e Estatística), Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), além das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
A expectativa é de que o programa seja lançado no mês de junho.