Redecker e a direção da Sulgás durante reunião que definiu os detalhes do programa
A Sulgás projeta que dentro de 10 anos um total de 10 % do volume de gás comercializado no Estado será originado do biometano. Para atender a essa expectativa, a companhia, em conjunto com a Secretaria de Minas e Energia, lançou edital para a seleção de fornecedores e compra de biometano. A ação integra o Programa Gaúcho de Biometano, que prevê uma série de incentivos para a produção e consumo desse energético no RS.
A chamada pública, que está aberta até o próximo dia 17 de julho, tem por objetivo receber e selecionar propostas para o fornecimento de 200 mil metros cúbicos diários de biogás purificado (biometano) por um prazo de 20 anos. Após o contrato assinado, os empreendimentos selecionados deverão iniciar a entrega de gás num prazo máximo de 24 meses. Para participar, o empreendedor deverá garantir uma produção mínima diária de biometano.
Para o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, o biometano é a melhor alternativa no curto prazo para promover a interiorização do gás visando atender a crescente demanda do Estado. “A ideia é produzir próximo do consumo, reduzindo custos de distribuição. Será um gás canalizado, com a mesma composição química do gás natural, porém produzido e distribuído localmente”, destacou Redecker. Conforme o secretário ainda, a expansão da oferta de gás é um dos principais compromissos assumidos pela SME. “Além de possibilitar o atendimento a regiões que ainda não contam com o gasoduto, a iniciativa irá aumentar a oferta de gás natural no Estado, uma das metas que a Secretaria de Minas e Energia assumiu ao ser criada pelo governador José Ivo Sartori”.
“A produção e distribuição de energia descentralizada é a grande contribuição que a Sulgás está proporcionando para o desenvolvimento do Estado. Além de disseminar a cultura do uso do gás natural, o programa irá estimular o desenvolvimento regional e promover a atração de investimentos”, afirmou o presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo.
O que é o Biometano
O biometano, que no Rio Grande do Sul recebeu a marca GNVerde, é um combustível alternativo e 100% renovável que já está sendo testado em veículos desde 2013. É produzido a partir da purificação do biogás gerado na decomposição de resíduos e dejetos orgânicos. Com isso, alcança características semelhantes aquelas do gás natural. Assim, pode ser usado em todas as aplicações como substituto perfeito do gás natural.
Gerado a partir da decomposição de resíduos e dejetos orgânicos, a produção de biometano é favorecida no Estado, visto que a agricultura e a pecuária são fornecedores da matéria prima necessária. A produção intensiva de suínos, aves e leite representam a base econômica de importantes regiões gaúchas. Por outro lado, seus dejetos podem trazer graves consequências ambientais, por serem fontes de emissão de gases do efeito estufa.
“Vamos produzir energia que o país e o Estado necessitam a partir de algo que pode causar danos ao meio ambiente e, muitas vezes, gera um custo extra ao produtor, que precisa dar a destinação adequada aos resíduos”, declarou o presidente da Sulgás.
Sobre a chamada pública
As propostas serão recebidas desde que estejam classificadas dentro da região geográfica dos seguintes Coredes: RF-01 – Vale do Caí, Vale dos Sinos e Metropolitana Delta do Jacuí; RF-02 – Vale do Taquari; RF-03 – Serra; RF-07 – Noroeste; RF-08 – Alto Jacuí, Central e RF 09 – Produção.
As inscrições são gratuitas e estarão abertas no período de 03 de junho a 17 de julho de 2015, na sede da Sulgás (Rua Sete de Setembro, 1069/5º andar, CEP 90010-191, Centro Histórico, Porto Alegre/RS), pessoalmente, das 09h às 12h e das 14h às 17h, ou por correio com AR. Mais informações, de segunda a sexta-feira, em horário comercial, com a Comissão de Seleção, tel. (51) 3287-2200 e e-mail: geplan@sulgas.rs.gov.br. O edital e seus anexos estarão disponíveis no site www.sulgas.rs.gov.br.