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O Rio Grande do Sul tem hoje seis novos parques eólicos em fase de licenciamento, totalizando R$ 7,3 bilhões em investimentos, conforme a Secretaria de Minas e Energia. Depois de instalados e em funcionamento, esses empreendimentos deverão gerar 1.820,5 MW, dobrando assim a capacidade de geração dessa energia no Estado, que hoje é de 1.112,2 MW, proveniente dos 42 parques já em funcionamento.

De acordo com o secretário de Minas e Energia em exercício, Artur Lemos Júnior, o RS é hoje o terceiro maior gerador de energia eólica (19,2%) e o que mais tem potencial no país para geração de energia a partir do vento. Neste contexto, explicou Lemos, o Litoral gaúcho tem se destacado como principal eixo para onde os investimentos estão migrando, a exemplo dos seis novos parques que serão instalados em Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Mostardas, São José do Norte, Santo Antônio da Patrulha e Balneário Pinhal. “A disponibilidade de energia baseada em fontes locais oferece maior robustez ao sistema elétrico regional, contribuindo como fator relevante para a competitividade da região e na atração de novos investimentos, seja qual for o segmento”, afirmou Lemos.

O secretário também destaca que todos esses investimentos abrem as portas para a possibilidade de implantação de fábricas no RS para alimentar a cadeia produtiva da energia eólica, tais como geradores, controladores, inversores, transformadores e nacele (caixa envoltória do gerador completo) bem como para prestadores de serviços especializados (engenharia, logística, montagem e manutenção).

O crescimento mundial de energia eólica e o potencial brasileiro têm mostrado um cenário de grandes perspectivas para o setor. Segundo o Atlas Eólico gaúcho, publicado em dezembro de 2014, o potencial eólico do RS para ventos acima de 7m/s e altura de 100m, em terra firme (onshore), é de 102,8GW, e mais 114,2GW sobre lagoas e oceano (offshore)1. Para ventos acima de 7m/s e altura de 150m, o potencial eólico gaúcho, onshore, é de 245,3GW. “A energia eólica gera energia limpa, diversifica a matriz energética, é complementar a outras fontes de geração de energia, aumenta a participação do retorno do ICMS para os municípios nos quais estão instaladas e ainda estimula o turismo regional e é potencial atrativo para a cadeia produtiva do setor”, enfatizou Lemos.

Vantagens Competitivas do RS

Além de uma condição excepcional de vento para a produção de energia, o RS oferece elementos competitivos vantajosos para esses empreendimentos, como a boa infraestrutura de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica e a grande facilidade de conexão nas regiões com maior potencial de ventos implicando em custos menores aos projetos de parques eólicos. Além disso, tem boa interligação entre os sistemas elétricos de transmissão da Região Sul e do Sudeste; mão de obra qualificada, entre outros.

“A disponibilidade de energia é estratégica, na medida em que a infraestrutura básica é pré-requisito fundamental para o desenvolvimento econômico e social. Existe uma relação direta entre o crescimento do consumo de energia elétrica e da atividade econômica, razão pela qual, em nações em plena fase de crescimento, é imputada a necessidade de aumento da oferta de eletricidade”, finalizou Lemos.