A Assembleia Legislativa aprovou, por 25 votos a 22, projeto do governo estadual que autoriza o Executivo a aportar recursos à Empresa Gaúcha de Rodovias, a estatal criada para cobrar pedágios em estradas estaduais. A proposta destina R$ 30 milhões à EGR, a título de aumento de capital social, por meio de abertura de crédito adicional no Orçamento do Estado, a ser coberto, conforme a proposta, pelo excesso de arrecadação do exercício corrente.

Antes da aprovação, porém, o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker criticou duramente a proposta do governo na tribuna. “Há uma coisa que não está correta. Veio um deputado aqui na tribuna dizer que esses R$ 30 milhões de reais sairão do caixa único. Não é verdade, repito. Esses R$ 30 milhões são recursos oriundos do Proinveste, referentes a operações de crédito do BNDES, recurso 308”, afirmou.

De acordo com Redecker, esses R$ 30 milhões são empréstimos tomados pelo Estado que serão pagos por todos os gaúchos, e não por aqueles que pagaram o pedágio. “Se o governo tirasse esses R$ 80 milhões do passivo potencial, que estão no caixa único e foram arrecadados nas praças de pedágios, aí sim, o dinheiro que as pessoas pagaram para passar nas rodovias pedagiadas seria utilizado nas rodovias pedagiadas. Há dinheiro. São R$ 80 milhões. Ouvi diversas vezes aqui os deputados do governo dizerem que havia R$ 80 milhões de passivo potencial do ano passado”.

Redecker ainda usou como exemplo a situação da ERs-239, cujas obras estão paradas. “A duplicação está parada desde o começo do governo Tarso e não evoluiu um metro sequer, porque as capinas das rodovias pedagiadas estão atrasadas e há buracos que são tapados com os pés, apesar de existirem recursos. Na ERS-239, arrecadou-se, neste ano, R$ 13,4 milhões e gastou-se somente R$ 4,9 milhões. Ou seja, há, sim, dinheiro em caixa”, concluiu.