O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, participou nesta quinta-feira, 3, da reunião da Frente Parlamentar em apoio à Mineração no Estado do Rio Grande do Sul. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa e, de acordo com o coordenador da frente, deputado Catarina Paladini, teve por objetivo realizar um balanço do trabalho realizado em 2015 no setor.
Para Redecker, o tema não era tratado como política pública de Estado. “Essa foi uma preocupação que tivemos ao longo deste ano. Encontramos um setor abandonado. Nosso objetivo como secretaria é primeiro planejar e discutir o setor de mineração gaúcho”. Nesse sentido, foi criado o Comitê de Planejamento de Mineração do Estado do Rio Grande do Sul (Comergs), que terá a primeira reunião no dia 10 de dezembro. A intenção é reunir todos os representantes do setor, elaborando e discutindo programas de governo e políticas públicas, além das dificuldades do setor.
O secretário disse que em 2016 será construído, em compasso com o Ministério de Minas e Energia, o Plano Estadual de Mineração. “Teremos um mapeamento do Estado, com potenciais de minerais a serem explorados, a situação dos pedidos de estudos, licenciamento ambiental, avaliações, dentre outros”, explica Redecker.
O diretor técnico da Fepam, Rafael Volquind, afirmou que os problemas no Estado são decorrentes da falta de planejamento e da alta demanda pelo licenciamento, que está acumulada. “Cerca de 15% da demanda da Fepam se refere à mineração. Temos 2.500 processos, destes, 1.200 são referentes a mineração. Estamos trabalhando focados em recuperar esse tempo perdido e saber a nossa real função dentro do Estado como órgão de proteção ambiental”.
Segundo o diretor técnico da CRM, Caio Flávio dos Santos, a empresa possui um potencial de crescimento muito grande, face à necessidade de energia e possibilidade de instalação de empresas na região de Candiota e Caxias do Sul. “Essas reservas irão possibilitar que o Estado tenha, no futuro, autonomia em energia. A CRM vai ter um impulso muito grande nos próximos anos. Neste sentido, a sustentabilidade é levada em conta durante todo o nosso processo, mesmo sabendo da necessidade de gerar emprego e recursos”.
Também participaram da reunião representantes da Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí (Smarja), Comitê do Lago Guaíba, Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro de Estado do RS (Sindibritas), Sindareia/RS, Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e prefeitura de Picada Café.