O presidente da Frente Parlamentar do Turismo, deputado estadual Lucas Redecker, participou da reunião do Conselho de Turismo da Fecomércio no início da tarde desta quarta-feira (16).
Redecker afirmou durante a sua explanação que a instalação da frente foi motivada pela lacuna que existia no Parlamento em relação ao turismo. Neste sentido, informou que apresentou projeto de resolução alterando a nomenclatura da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável para que incorpore no nome também a palavra turismo. “É um pequeno passo, mas vai deixar claro onde é o endereço do turismo dentro da Assembleia Legislativa”, afirmou.
De acordo com Redecker, a Serra gaúcha desponta no país como líder na venda de pacotes turísticos, acima até mesmo do Rio de Janeiro e o Nordeste. Mas assim como a Serra, disse Redecker, há diversas regiões no Estado que tem potencialidades para o turismo que não estão sendo desenvolvidas. “70% dos turistas que vem para o RS tem tendência de voltar por diversas características positivas que o Estado tem”, afirmou. Redecker também defendeu a ampliação de mais investimentos públicos em turismo. “Independentemente dos governos, o orçamento para o turismo tem sido o mesmo nos últimos anos”, disse.
O parlamentar também comunicou que está propondo uma revisão da legislação aplicada ao turismo, com o objetivo de torná-la mais eficiente. Neste aspecto, o parlamentar pediu o apoio e sugestões da Fecomércio para apontar onde estão os problemas e os gargalos. O deputado ainda informou que pretende realizar audiências públicas em diversas regiões do Estado abordando o tema, mas sempre respeitando as diversidades e características regionais. “O Rio Grande do Sul tem muito a crescer com o turismo”, defendeu.
O coordenador do Conselho de Turismo (Contur) e vice-presidente da Fecomércio, Manuel Suárez, afirmou que o segmento está sofrendo devido a pressão provocada pela necessidade do Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI). “Sofremos a tirania dos órgãos públicos e não temos como abrir um hotel e renovar as licenças sem o PPCI”, afirmou. Da mesma forma, relatou que os empreendedores do turismo tem enfrentado inúmeras dificuldades na abertura de novos negócios, além de problemas com a Anvisa, que tem gerado constrangimentos a estabelecimentos.