O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, palestrou para um grupo de estudantes na noite de terça-feira (15), em Teutônia. Ele falou sobre o cenário energético no RS e o papel das energias alternativas, a convite da direção do Colégio Teutônia. A atividade faz parte da programação do 9o Fórum Tecnológico do Leite que iniciou na segunda-feira e segue até a sexta-feira.
De acordo com o secretário, 66,67% da energia produzida pelo RS provém da fonte hídrica, 11,83% é gerado pela energia eólica e apenas 9,11% advém do carvão mineral. “Precisamos rediscutir a nossa matriz energética, porque o Rio Grande do Sul possui 90% das reservas de carvão do país, mas produz pouco mais de 9% de energia a base de carvão. Isso é uma incoerência. Precisamos dar um protagonismo maior para o carvão na nossa matriz energética, especialmente pela segurança que essa fonte energética nos proporciona em tempos de adversidades meteorológicas”, afirmou.
O secretário informou que levará este tema para ser debatido na reunião do Fórum Nacional de Secretários de Minas e Energia, da qual é vice-presidente e cuja reunião ocorre em São Paulo, nesta sexta-feira. Ainda sobre o carvão, falou que é preciso deixar de lado o preconceito, pois há muito essa matéria-prima deixou de ser poluente, graças as tecnologias disponíveis. “Neste momento, por exemplo, há um levante de usinas térmicas que estão ameaçadas de serem fechadas pela Aneel se não se modernizarem”, afirmou.
O secretário anunciou que entre os projetos e ações estratégicas imediatas para a retomada do desenvolvimento energético estão a elaboração do Plano Energético para os próximos dez anos, o Programa estadual do Biometano (em andamento), a reativação do Comitê de Planejamento Energético do RS (Copergs), que já está em funcionamento, e a institucionalização do Comitê de Planejamento de Mineração do RS. Entre as metas estão também a elaboração do Atlas Solarimétrico, bem como a criação de um programa para levar energia trifásica para aos agricultores, entre outros. “O Rio Grande do Sul tem que ser o agente que não atrapalhe e não espante o investidor. Muitas vezes acabamos, pela nossa morosidade, incentivando investimentos em outros estados. Precisamos mudar esta realidade”, afirmou.
Além de estudantes do Colégio Teutônia, participaram também alunos da Escola Estadual Reinaldo Augustin. Entre as lideranças, estavam o presidente da Certel Erineu Hennemann, o presidente da Fundação Colégio Teutônia Silvério Brune, o diretor do Colégio Teutônia Jonas Rücker, o ex-prefeito Ricardo Bronstrup e vereadores.