O deputado estadual Lucas Redecker manifestou-se duramente contra o projeto de lei do governo estadual que propõe um aporte de R$ 30 milhões para manutenção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que acabou não sendo votado na sessão plenária de ontem por falta de quórum. O dinheiro é proveniente do Proinveste, empréstimo aprovado pelos deputados no ano passado e que destina-se para investimentos em infraestrutura.
Da tribuna, Redecker sugeriu ao governo que utilize os R$ 80 milhões arrecadados pelos pedágios comunitários da ERS-135, ERS-239 e ERS-240, que estão parados no caixa único do Estado. “São recursos arrecadados pelos pedágios que não foram para o capital da EGR. São R$ 80 milhões que deveriam ser investidos nas rodovias pedagiadas e que, no meu entendimento, poderiam ir para o capital da EGR”, afirmou ele.
Redecker ainda questionou: “E os 30 milhões de reais em termos de empréstimos que foram feitos junto ao BNDES, cujos juros estamos pagando, estão parados lá no caixa único. Ou seja, o dinheiro está parado. Estamos pagando juros desse dinheiro e não estamos tendo nenhuma infraestrutura nova no Estado”.
Para Redecker, os R$ 80 milhões que estão disponíveis poderiam suprir os R$ 30 milhões que hoje estão indo para a EGR. “Desses R$ 80 milhões ainda sobrariam R$ 50 milhões em investimentos para as estradas pedagiadas, para a finalização da duplicação da ERS-239, para o aprimoramento da ERS-135 e da ERS-240, que são rodovias movimentadas, por onde passa a produção, tanto das indústrias quanto da agricultura e da pecuária gaúcha”.
“Espero que possamos ter as estradas em melhores condições, pois este é o objetivo de todos os deputados: o desenvolvimento do Estado, independentemente de quem esteja no governo”, concluiu.