Foram cadastrados para participar do leilão de energia A-5 (cinco anos para os projetos entregarem a produção contratada), que será realizado no dia 5 de fevereiro do próximo ano, 128 projetos gaúchos de geração de eletricidade. Os complexos somam uma potência instalada de 4.634 MW – volume suficiente para atender, com sobra, a toda a demanda média de energia do Rio Grande do Sul.
Quanto a empreendimentos a serem desenvolvidos no Estado, foram inscritos 118 projetos eólicos (2.608 MW), cinco de pequenas centrais hidrelétricas (62 MW), quatro a carvão (1.927 MW) e mais um de termeletricidade com biomassa (37 MW).
No total do País, o certame teve 1.055 empreendimentos cadastrados, com capacidade instalada de 47.618 MW. Trata-se de praticamente um terço de toda a capacidade de geração existente hoje no Brasil. Isso não quer dizer que todos os projetos serão habilitados para ir a leilão, mas a cifra foi bem-recebida pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). “É sem dúvida o maior leilão do mundo em termos de interessados em participar, o que é um indicador importante em um período de crise”, afirma o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim. Saem vencedores da disputa as iniciativas que apresentarem as melhores condições de fornecimento da energia, principalmente o menor preço.
A energia eólica é o destaque do leilão, segundo os dados divulgados pela EPE. Foram inscritos 864 projetos que têm essa fonte de energia como foco, o equivalente a 81,9% do total. Em termos de capacidade instalada, são 21.232 MW (44,6% do total). A segunda maior fonte são as termelétricas a gás natural, com 36 projetos e 18.741 MW (39,35% da capacidade instalada total). Há ainda 63 projetos para termelétricas a biomassa (3.019 MW), sete termelétricas a carvão (3.056 MW), 78 pequenas centrais hidrelétricas (com 1.019 MW), seis hidrelétricas (529 MW) e uma termelétrica a biogás (21 MW).
fonte: Jornal do Comércio