O PSDB -maior partido de oposição do país- foi o responsável pelas mais importantes reformas do Brasil contemporâneo, como o Plano Real -que pôs fim à inflação e é a base do crescimento econômico que vivemos hoje.
Essa foi a tônica do programa político do partido levado ao ar nesta quinta-feira, 13, em rede de rádio e TV.
“Nós criamos uma série de condições para favorecer os mais pobres. Primeiro, o aumento do salário mínimo real desde 1994. Segundo, criamos as bolsas. Começamos pelo Bolsa Escola que levava às crianças à escola, e quem recebia o dinheiro era a mãe de família. Era a mulher. Com o cartão que chamávamos Cartão da Cidadania”, explicou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele reconheceu que havia dúvidas sobre a manutenção dos programas em caso de mudança de governo. “O PT se opôs a tudo, mas mudou o governo e eles entenderam que era melhor seguir aquele caminho. E foi bom. Foi bom para o Brasil”, declarou.
José Serra, membro do Conselho Político do partido, destacou o projeto forte conduzido pelo PSDB para desenvolver a nação e melhorar a qualidade de vida de todos os brasileiros.
Serra lamentou que a Saúde, a área de Transporte e a Segurança Pública estejam em situação caótica, e que a luta contra o crack tenha fracassado.
“Não se trata de fazer a crítica pela crítica. Fiscalizar, apontar o que está errado, ajuda o Brasil a melhorar. Obriga o governo que está aí a 9 anos a trabalhar melhor”, explicou.
Orgulho
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou que o partido tem orgulho de ter promovido as principais reformas implementadas no Brasil nos últimos anos. Porém, lamentou que o país tenha perdido preciosas oportunidades para avançar mais.
Segundo ele, “não fomos capazes de aproveitar o longo período de prosperidade internacional”.
Para Guerra, “a farra da gastança, o dinheiro jogado fora, desequilibra as contas públicas. A inflação infelizmente está de volta. Com a moeda super valorizada fica difícil desenvolver a indústria brasileira. Em muitas situações, estamos exportando empregos”, avaliou.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), chamou a atenção para a corrupção que tira dinheiro da saúde, da educação e dos programas sociais. “Não é por mera coincidência que em poucos meses, vários ministros caíram denunciados pela imprensa”, lembrou.
Na avaliação de Duarte Nogueira (SP), líder do partido na Câmara, o controle e a transparência nos gastos públicos, o voto aberto em todas as votações no Congresso, a recuperação da autonomia do Legislativo e a redução de impostos em áreas fundamentais -como Saneamento Básico- “não são propostas contra o governo, mas a favor do Brasil”, sublinhou.
Na mesma linha, o senador Aécio Neves (MG), criticou o desperdício do dinheiro público e a corrupção. “Gestão eficiente é gastar menos com o governo e mais com a população”, afirmou ao destacar as realizações nos oito estados governados pelo partido.
Mais participação
A presidente do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira, afirmou que o partido quer rever sua estrutura. Assim, segundo ela, criará canais de interação com a sociedade, aumentará a participação e a democracia interna e ampliará a participação da mulher nas decisões partidárias.
Marcello Richa, presidente nacional da Juventude tucana, convocou os jovens a ajudar o PSDB a pensar e preparar o Brasil do futuro.