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A Secretaria de Minas e Energia realizou na tarde desta sexta-feira (12), a sétima reunião preparatória do Plano Energético, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

Lucas Redecker, secretário de Minas e Energia, disse que Plano Energético consiste num planejamento para os próximos dez anos. “Precisamos pensar o futuro, sem perder de vista o presente e as lições que ele nos ensina. A secretaria está indo até as regiões para ouvir a comunidade, mas quem vai construir cada necessidade são vocês, que vão nos passar as demandas que precisam constar no Plano Energético”, afirmou. De acordo com Redecker, o documento deverá ser apresentado à sociedade no começo do próximo ano. “Ele é importante para que possamos ter uma programação e planejamento para a próxima década. Até hoje não tivemos um planejamento desta forma e queremos dar condições para que o desenvolvimento social e econômico do Estado receba a energia na quantidade e qualidade que ela tanto necessita”.

Conforme o secretário ainda, o trabalho é pioneiro no RS, pois não vai se limitar a fazer um diagnóstico, mas também elencar as obras de infraestrutura necessárias. “O plano vai deixar claro onde está o potencial para a geração de energia no Rio Grande do Sul e quais os energéticos que podem ser melhor explorados”, afirmou.

O presidente do Corede Metropolitano – Delta do Jacuí, Júlio Souza, saudou a participação da sociedade na elaboração do Plano Energético e o papel dele como fomentador de desenvolvimento. “O fortalecimento do Corede permite a realização das suas políticas de forma efetiva. Estamos conscientes dos problemas que afetam esta região, do que ela precisa e estamos dispostos a ajudar no que for necessário”, afirmou.

O diretor técnico da CRM, Caio Flávio Quadros dos Santos, afirmou que a CRM detém quase a totalidade do carvão existente no RS, sendo que no Estado estão 85% das reservas de carvão mineral do país. “Existe um olhar sobre o carvão como se ele fosse uma fonte de energia pouco segura. É preciso um entendimento melhor da sociedade. Por todo o mundo o carvão é usado como uma fonte de energia segura e não temos aproveitado isso. Precisamos começar a desmistificar o carvão, pois ele pode ser a alternativa para que o RS tenha um diferencial em termos de energia. É muito claro que um estado que não possui energia, não tem opções de crescimento”, disse o diretor.

O presidente da CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, afirmou que a CEEE-D teve a renovação da sua concessão condicionada a um plano de desempenho e resultados que será observado ao longo dos próximos cinco anos. “A resolução estabelece exigências fortes e intensas e isso coloca para o Plano Energético uma relevância extraordinária, uma vez que teremos que ter um planejamento efetivo das demandas, pois sabemos que o setor elétrico tem caráter de demandas reprimidas”, afirmou. Ele destacou que a empresa também está começando um processo de modernização da infraestrutura da companhia. Neste sentido, informou que já foram instalados 500 religadores, sendo que a meta até o fim de 2016 é instalar cinco mil unidades. “Esses equipamentos vão reduzir tempo e dispêndio de manutenção no religamento da energia, principalmente por conta dos eventos climáticos que muitas vezes ocorrem”, afirmou. Disse ainda que está entre as prioridades a conclusão das obras da subestação de Viamão, que será importante ligação com os parques eólicos localizados entre Osório e Viamão.}

As lideranças da região tem agora um prazo de 20 dias para enviar as sugestões por escrito para a Secretaria de Minas e Energia.