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A décima terceira reunião do Plano Energético do RS foi realizada nesta quinta-feira, 2, em Lajeado. No encontro, o secretário de Minas e Energia (SME), Lucas Redecker, parabenizou a Univates pelo pioneirismo na construção de uma usina de energia solar, projeto que conheceu há poucos dias durante visita à instituição. O secretário explicou que o objetivo das reuniões é elaborar o planejamento no setor energético. “Queremos planejar o futuro para os próximos dez anos, de acordo com as necessidades de cada região. O Vale do Taquari tem grande potencial para geração de energia, seja biomassa, PCHs ou energia solar. A região pode chegar ao ponto de produzir além da demanda que necessita”.

Para a presidente do Corede do Vale do Taquari, Cíntia Agostini, é preciso pensar a matriz energética na região. “Existe a possibilidade de geração de energia a partir dos resíduos orgânicos. Produzimos 30% de frango, 15% suínos e 9% do leite do Estado. Na média estadual, o consumo é de 18%. Aqui no Vale do Taquari o aumento foi de 40%”, explicou.

O presidente da Certel, Erineu Hennemann acredita que o Plano Energético será fundamental para identificar as necessidades da região e o potencial para a geração de energia. “O Vale do Taquari tem potencial para geral mais de 280 megawatts (MW), mas estamos gerando apenas 13 MW. Nossa capacidade demandada está em 240 MW. Precisamos de alternativas para garantir o fornecimento de energia”, explica. Henemann vê as energias hídricas, uso de biomassa e geração de energia a partir dos resíduos orgânicos como boas alternativas para a região.

O presidente da CIC Regional, Ito Lanius, disse que a entidade atua com foco no desenvolvimento sustentável. “A geração de energia é importante para o setor industrial e atrativo para novos negócios. Precisamos discutir as questões ambientais, através de uma plano de ação e investimentos. Vamos entregar novamente um documento ao governo do Estado com nossas reivindicações e sugestões para o planejamento energético do Vale do Taquari”.

O representante da RGE, Roberto Sartori, explicou que a empresa atende a parte alta do Vale do Taquari e que sua meta é garantir a geração de energia aliado ao crescimento da região. “Vamos construir uma subestação em Arvorezinha, com custo estimado de R$ 30 milhões, além de uma linha de transmissão de 27 quilômetros. Isso vai elevar a condição de produção na região. Neste momento, estamos buscando uma área para a instalação da subestação”.

Para o presidente da CRM, Edivilson Brum, o setor público tem o papel de fomentar as universidades, “pois é através do conhecimento que teremos desenvolvimento”. De acordo com Brum, “o preconceito em relação ao carvão mineral ainda é muito grande. Porém, com a tecnologia que possuímos hoje, a poluição é mínima. No Brasil, apenas 1,5% da energia vem do carvão, enquanto na Alemanha seu uso é de mais de 46%. Estamos sentados em cima de uma riqueza que não exploramos”, explicou.