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O aumento da criminalidade no Rio Grande do Sul e o baixo investimento em segurança pública por parte do governo Tarso pautaram as manifestações do líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, na sessão plenária desta quinta-feira (22). Redecker apresentou dados analisados pela assessoria técnica do partido, onde fica evidente a inabilidade do Executivo Estadual na execução de recursos voltados à qualificação das forças de segurança. 

Antes de detalhar os valores investidos ao longo da administração petista, Redecker traçou um comparativo entre os índices de violência verificados em 2010, último ano da gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB), e 2013, terceiro ano do governo Tarso. “O aumento mais significativo foi verificado no índice de extorsão mediante sequestro. O avanço foi de 54,5% em quatro anos. Na sequência aparece a posse de entorpecentes, com crescimento de 45%, e latrocínio, com alta de 48%”, afirmou.

O parlamentar explicou que entre 2011 e 2013 o governo Tarso prometeu investir R$ 1 bilhão em segurança pública, mas executou apenas 28%. Nos três primeiros anos da administração petista foram aplicados R$ 279,9 milhões na compra de equipamentos, viaturas e na melhoria da infraestrutura prisional, dos postos da Brigada Militar e das delegacias da Polícia Civil. “O valor investido é bem menor na comparação com o que foi prometido. O governo não tem capacidade para executar os investimentos de maneira efetiva”, concluiu.

NOVO HAMBURGO

Para Redecker, a situação da segurança pública é preocupante em Novo Hamburgo, principalmente quando o assunto é o presídio. “Esta já é a quinta vez que ocupo a tribuna para falar sobre a casa prisional da cidade. Os presos continuam fugindo e a Secretaria de Segurança não resolve o problema. Fico consternado porque as pessoas me encontram na rua e perguntam o que se pode fazer relacionado à segurança em Novo Hamburgo. Sábado, encontrei um empresário que possui três estabelecimentos. Ele me disse que neste ano já foi assaltado nove vezes e que inclusive já havia se desfeito de um dos seus comércios pelo prejuízo que vinha sofrendo em virtude dos assaltos. É um absurdo”, lamentou.

O parlamentar entende que a melhoria da segurança em Novo Hamburgo passa por mais brigadianos na rua. “Precisamos de uma Brigada Militar efetiva, que ponha efetivo na rua, que faça ações para coibir assaltos, que possamos ter câmeras que de fato funcionem”. Para Redecker, Novo Hamburgo é uma cidade que logisticamente beneficia o trânsito de pessoas que queiram cometer crimes de uma cidade a outra. “Pode sair de Campo Bom, de Sapiranga, pode vir de Estância Velha, de São Leopoldo, de Gravataí, de Cachoeirinha, porque temos uma cidade grande que faz interligação com o interior. Por exemplo, no Bairro de Lomba Grande, que é área rural de Novo Hamburgo, tivemos uma audiência pública promovida não pela Assembleia, mas pelos moradores. Naquele momento, escutamos os moradores, que falavam da insegurança em que vivem”, disse.