O ex-ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, palestrou na manhã desta quinta-feira (12), durante reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da AL, quando abordou o tema “Perspectivas e Desafios da economia no Rio Grande do Sul ”. O encontro faz parte da série de palestras promovidas perla comissão, denominadas “Radiografia da Agropecuária Gaúcha”.
O líder da Bancada do PSDB, deputado Lucas Redecker, destacou o papel de Pratini nos rumos que a agricultura brasileira tomou nas últimas décadas. Ele lembrou que foi durante a gestão de Pratini no Ministério da Agricultura, no governo de Fernando Henrique Cardoso, que ocorreu uma abertura maior do mercado internacional para a produção do país. “Sabemos que o superávit primário que o Brasil vem obtendo se deve aos resultados da agropecuária”, explicou.
Para Pratini, a demanda global por alimentos está colocando o país numa posição privilegiada no âmbito da produção agrícola e pecuária. “O mundo precisa do Brasil para comer”, resumiu. O ministro destacou os setores da produção que estão crescendo e sugeriu que o Estado tem muito a ganhar se souber investir. “O Rio Grande é o quarto Estado no ranking da produtividade no Brasil. Vem caindo, mas ainda está bem. São 3.900 kg/ha área de produção”, apontou. Pratini explicou que o Estado vem perdendo área plantada e produtividade em razão das secas recentes.
Pratini manifestou preocupação quanto à estiagem, dizendo que “ela é real” e que nesses períodos, as dívidas dos produtores rurais devem ser prorrogadas ou renegociadas. “Precisamos assegurar renda para o produtor. O único que não pode pagar juro alto é o produtor”. O ex-ministro apresentou dados que demonstram a importância do agronegócio para a balança comercial brasileira. “O agronegócio ainda é o salvador da pátria e isso deve ser considerado no momento de renegociação de dívidas de produtores”, complementou. Pratini também criticou os rumos do Mercosul e as dificuldades com os vizinhos argentinos. “Se é um acordo comercial, é para fazer trocas. Não podemos ficar patrocinando os problemas dos nossos vizinhos”, afirmou.