As biografias serão o diferencial na eleição presidencial
Um encontro político, nesta segunda-feira, 24, entre lideranças tucanas de São Paulo serviu para repassar informações para 142 prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e representantes de 246 cidades. A fala mais importante foi a do coordenador de comunicação das campanhas de José Serra à Presidência e Geraldo Alckmin ao governo paulista, Luiz Gonzalez.
“Não basta ter padrinho para governar o Brasil, é preciso ter história”,disse o marqueteiro. Ele prometeu mostrar a biografia dos candidatos tucanos e comparar realizações durante a campanha. O marqueteiro disse ainda que o eleitor quer saber quem tem mais capacidade de melhorar o futuro dele eleitor. Pediu participação nas campanhas nos municípios e empenho para ditar a agenda eleitoral.
Felipe Soutello, que também trabalha nas campanhas do PSDB, afirmou que o partido nunca partiu de um patamar tão bom em um começo de campanha presidencial e pediu entusiasmo.
Dados apresentados por ele mostravam que em 1989 o PSDB tinha 4% das intenções nesse momento da campanha; em 1994, 17%; em 1998, 34%; em 2002 e 2006, 21%.
Serra tem agora 37% e está empatado com a petista Dilma Rousseff. “A biografia é nossa grande diferença e as campanhas de Serra e Geraldo serão uma só”, afirmou Soutello.
Coordenador do programa de governo de Serra, Xico Graziano, disse que o PSDB “tem muito orgulho dos governos Fernando Henrique Cardoso” e que não há medo de comparações. Disse, porém, que eleição é um debate sobre o futuro e que está levantando “com lupa” dados para “mostrar que o Brasil pode mais”, o bordão da campanha de Serra.
Graziano fez uma dura crítica ao governo federal e, indiretamente, a Dilma Rousseff, considerada a “gerente” da gestão Lula. “O país não tem nenhum sentido de planejamento”, declarou, dizendo que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é um “amontoado de obras”.
O sociologo Alberto Carlos de Almeida, autor do livro “A Cabeça do Eleitor”, apresentou exemplos de campanhas em que prefeitos muito bem avaliados (como o presidente Lula) não conseguiram eleger seu sucessor. Em alguns exemplos, as campanhas colaram nos prefeitos bem avaliados a imagem de não conseguir escolher bons sucessores. As propagandas elogiavam o prefeito, criticando apenas a capacidade de escolha de candidatos.
Coube a Geraldo Alckmin encerrar o encontro. Ele disse que “apoio é uma coisa e campanha, outra” e pediu todo esforço para eleger Serra. Alckmin afirmou que o governo Lula “apenas colhe, mas não planta nada”, argumentando que nenhuma reforma estrutural foi feita.
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