A necessidade de ter uma rodovia alternativa aos frequentes engarrafamentos da BR-116 foi consenso entre o público presente na audiência pública sobre a extensão da BR 448, realizada no dia 25 de setembro, em Portão. O projeto prevê a ligação da rodovia entre Esteio e Portão, numa extensão de 17,2 quilômetros. A reunião foi realizada pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa e pela Frente Parlamentar de Extensão da BR-448, presidida pelo deputado estadual Lucas Redecker.
Conforme o deputado Lucas Redecker, o foco da Frente Parlamentar é mobilizar a inclusão da obra no orçamento da União. “Essa é a primeira reunião com as lideranças regionais. A próxima etapa é mobilizar a bancada gaúcha na Câmara dos Deputados para incluir a obra no orçamento da União com a maior brevidade possível”, disse na ocasião.
O estudo de viabilidade técnica precisa ser feito, assim como o projeto técnico, estimado em R$ 1 milhão. A obra está orçada em R$ 1 bilhão. Neste aspecto, o supervisor do DNIT, Carlos Vieira, afirmou que já está em andamento um estudo de viabilidade técnica, mas reforça que são necessários recursos financeiros para dar andamento ao projeto. “Neste momento trabalhamos com o estudo de viabilidade técnica e ambiental, mas a obra ainda não saiu do papel por absoluta falta de recursos”, argumentou. Para ele, o prolongamento da BR 448 é sim fundamental para a sociedade gaúcha e é preciso chamar a atenção do governo para aplicar recursos nela.
Falta de quórum impediu análise de parecer
Durante sete semanas seguidas deputados de oposição ao governo Sartori não deram quórum na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa para analisar o parecer do deputado Lucas Redecker ao projeto de decreto legislativo 03/2017 que pede a realização de plebiscito para consultar os gaúchos sobre a possibilidade de venda da CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).
Redecker, que foi secretário de Minas e Energia na primeira metade do governo Sartori, argumenta que as três companhias vivem momentos distintos e que o seu parecer é favorável tanto quanto a constitucionalidade e quanto ao mérito da matéria. “A CEEE tem um passivo muito grande; para a CRM falta mercado e a Sulgás está há 20 anos com a mesma carteira de clientes. Ou seja, esse é o momento de discutir o quanto essas companhias são importantes para a sociedade, que retorno elas dão e que retorno o Estado deve dar a elas”. O parecer acabou não recebendo os votos necessários e foi redistribuído para nova análise.