O município de Maratá quer explorar o potencial da agricultura local para a produção de biogás. Na quinta-feira (24), o prefeito Fernando Schrammel, acompanhado do secretário de Agricultura, Elson Wadenphul, e do funcionário público Maico Schimitt, estiveram reunidos com o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, tratando sobre a viabilidade do projeto.
De acordo com o prefeito, o município tem hoje uma produção de quase 19 mil suínos por lote, sendo que cada animal produz, em média, por dia, 8,6 litros de dejetos, que podem ser convertidos em energia. Além disso, explicou ele, há ainda os dejetos provenientes da produção de frangos e da fruticultura, que também podem ser convertidos em energia.
Redecker afirmou que o projeto tem o apoio da Secretaria de Minas e Energia e será submetido à avaliação dos técnicos da pasta e da Sulgás. “O biogás não é o futuro, ele já é uma realidade aqui no Rio Grande do Sul”, afirmou.
BIOGÁS – O uso do biometano, combustível obtido através do processamento do biogás gerado em processos de decomposições de resíduos, foi regulamentado pela ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis. A medida permite a venda e distribuição do combustível, possibilitando que de fato seja usado em diversas aplicações. A resolução da ANP foi publicada no Diário Oficial de 02 de fevereiro de 2015 e especifica itens como a concentração de gás carbônico no combustível, regras de transporte e comercialização, além das fontes de resíduos. O biometano tem comportamento semelhante ao do GNV e, por essas características, obedece a várias determinações previstas para o gás natural.