O deputado estadual Lucas Redecker disse que o setor calçadista precisa de medidas efetivas e não paliativas para sobreviver. Para o deputado, o governo estadual e federal não devem esperar mais uma indústria fechar para só então tomar uma atitude. A manifestação do parlamentar ocorreu na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (10), em virtude do fechamento da fábrica da Azaléia em Parobé, anunciado ontem e que vai deixar 840 trabalhadores desempregados.
De acordo com Redecker, a empresa já vinha dando sinais de que poderia encerrar as atividades no município, caso não houvessem medidas para controlar a valorização do dólar. Em novembro do ano passado, citou o deputado, o presidente do grupo Milton Cardoso declarou que “não haverá alternativa viável a expansão internacional das nossas marcas a partir de uma produção no Brasil com a manutenção do câmbio nesse patamar”.
Redecker lamentou ter que voltar a tribuna para falar sobre o fechamento de mais uma indústria de calçados, a exemplo do que fez no dia 15 de abril, quando a Calçados Andreza, de Santa Clara do Sul, anunciou o fechamento e demissão de 525 funcionários. “Na ocasião, falei aqui na tribuna da preocupação que nós temos em relação ao setor exportador, em relação à taxa cambial, a carga tributária e diversos outros problemas que enfrentamos para conseguir uma luta justa do nosso sapato. O que mais me preocupa, porém, é a desvalorização permanente do dólar ante o real, por muito tempo, e nada é feito pelo governo federal”, disse o parlamentar. “Agora o governador vai mandar um secretário até a empresa dar uma olhada para ver o que é possível fazer. Não é disso que o Estado precisa”, complementou.