Representantes de empresas japonesas manifestaram ao governador José Ivo Sartori, nesta quinta-feira (3), o interesse em construir uma usina térmica de carvão de alta eficiência, para a geração de energia, no Rio Grande do Sul. Em encontro no Palácio Piratini, os executivos da Copelmi Mineração e das empresas PWC Advisory LLC, Tokyo Eletric Power Company Holdinfs (Tepco) e IHI Corporation apresentaram o estudo de viabilidade. A iniciativa, com investimentos de 2 bilhões de dólares, tem apoio do governo japonês. “Estamos abertos a novos empreendimentos. O Rio Grande do Sul é estratégico porque possui 90% das reservas de carvão e pela sua localização”, disse o governador.
A ideia surgiu de uma parceria entre empresários e o governo japonês, que há um ano analisa a qualidade das reservas de carvão existentes no Rio Grande do Sul. A previsão é que em 2018 a usina já esteja em funcionamento. O diretor de Novos Negócios da Copelmi Mineração, Roberto de Faria, explicou que foram feitos testes com 400 quilos de carvão gaúcho de diferentes minas. A conclusão é que o material do Baixo Jacuí tem condições de suportar a tecnologia Super Ultra Crítica (SUC), que prevê aplicação de altas temperaturas e pressão para aumentar a eficiência e diminuir a emissão de gás carbônico de térmicas a carvão. Acrescentou que a tecnologia é totalmente desenvolvida no Japão.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, contou que em janeiro deste ano conheceu esse trabalho. O JBIC, banco japonês de fomento a exportações, está disposto a financiar a maior parte do projeto, e a Tepco avalia entrar com a maior parte dos recursos. “Esse encontro é a consolidação que governo e empresas têm interesse no projeto para as energias alternativas”, disse o secretário.