A conclusão de cerca de oito quilômetros, na região dos Campos de Cima da Serra, em São José dos Ausentes, é o objetivo da Frente Parlamentar em apoio à conclusão das obras da BR-285 instalada, na manhã desta segunda-feira (8) na Assembleia Legislativa. O deputado Catarina Paladini (PSB) proponente do grupo de trabalho presidirá a Frente. O deputado estadual Lucas Redecker participou da solenidade e também é membro da Frente Parlamentar.
A BR 285 é uma rodovia transversal que inicia em Araranguá (SC), atravessa a serra da Rocinha (SC), a serra e o planalto gaúchos, com extensão de mais de 650 Km, passa por cidades como Vacaria, Lagoa Vermelha, Gentil, Passo Fundo, Carazinho, Ijuí, São Luiz Gonzaga e termina em São Borja, na fronteira com a Argentina. Apenas 4% do total da extensão da rodovia faltam ser concluídos, sendo oito quilômetros no território gaúcho (entre São José dos Ausentes e o limite territorial com o estado vizinho) e 22 em Santa Catarina (serra da Rocinha até Araranguá).
As obras do percurso em Santa Catarina têm previsão de conclusão em 2018 ao contrário da extensão gaúcha, paralisada deste 2010. Além da pavimentação, faltam uma ponte (sobre o Rio das Antas) e dois viadutos para a passagem subterrânea da fauna no trecho. A BR 285 é uma das rodovias mais transitadas da região, principalmente por caminhões que transladam mercadorias e por turistas dos países do Mercosul.
Conforme o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Iratan Pinheiro da Silva, o trecho precisará de nova licitação para atualização do projeto e das obras. Ele afirmou que o custo do término da rodovia pode chegar a mais de R$ 100 milhões e pode ser realizada através de Regime Diferenciado de Contratação (RDC)
Um estudo realizado por associações e sindicatos empresariais da região envolvida identificaram 16 segmentos econômicos que são impactados sem a conclusão da BR 285. Num total de mais de 220 milhões de reais por ano. Conforme Jaziel Pereira, coordenador do grupo Pró 285, a obra representa apenas 0,0022% do orçamento da União. “Considerando os prejuízos logísticos pela falta da conclusão da rodovia, estimamos que em menos de um semestre a obra estaria paga, impulsionando economicamente a região, inclusive através do turismo”, afirmou.