O Grupo de Trabalho em Energia Eólica (GT Eólica) realizou reunião na quinta-feira (31) com a presença do secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, e da presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Silva Gannoum. Na ocasião, foram abordados temas como o cenário do setor eólico no Rio Grande do Sul e as perspectivas para os próximos leilões de energia, que acontecem em abril, setembro e outubro deste ano.
Entre as ações da secretaria para o desenvolvimento da produção de energia eólica no Rio Grande do Sul estão a articulação de demandas do setor privado junto ao governo estadual e federal e o monitoramento do licenciamento ambiental de parques eólicos. A secretaria, junto ao GT Eólica, se propõe a gerenciar as ações para expansão do setor no Estado. Segundo o secretário Lucas Redecker, a organização é fundamental para o crescimento. “O Rio Grande possui potencial para produzir 50 vezes mais do que produz hoje na área de energia eólica”, destacou.
Para a presidente da Abeólica, o Rio Grande do Sul está emitindo um sinal positivo para os investidores de que está retomando os investimentos em energia eólica. “Esse é um sinal muito positivo e já percebemos que há uma mudança muito grande na postura do Estado em relação a esses assuntos”, afirmou Élbia. Ela falou ainda que há expectativas muito positivas com relação a participação do Rio Grande do Sul nos próximos leilões e que no contexto nacional ainda há desafios a serem solucionados, como a logística de transporte de peças e equipamentos.
Atualmente o Rio Grande do Sul conta com 1.550,2MW instalados em 66 parques eólicos e reúne condições atrativas para a instalação de novos parques. Segundo dados do Atlas Eólico do RS, o potencial eólico no estado, para ventos de 7m/s e altura de 100m, é de 102,8GW onshore e 114,2GW offshore. Para ventos acima de 7m/s e altura de 150m, o potencial gaúcho onshore é de 245,3GW. De acordo com o coordenador do grupo de trabalho, engenheiro Eberson Silveira, a instalação de novos parques torna o Estado mais atrativo para o estabelecimento de empresas fabricantes de máquinas e equipamentos da cadeia produtiva, bem como para prestadores de serviços especializados.
No Estado, estão inscritos para o próximo leilão A-5, que deverá acontecer no dia 29 de abril, 118 projetos de energia eólica, os quais totalizam 2.608MW e potencializam investimentos de R$ 14 bilhões.
Essa foi a segunda reunião do grupo de trabalho, que vai se reunir sempre na última quinta-feira de cada mês.