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Investimentos da ordem de R$ 160 milhões da empresa EcoMetano, processadora de resíduos orgânicos das agroindústrias, instalará duas unidades no Rio Grande do Sul. Uma já está definida, inclusive com Licença de Instalação (LI), em Carlos Barbosa, na Serra gaúcha. Estrela, no Vale do Taquari, é o local onde a segunda indústria confirma instalação. O anúncio foi feito ao governador José Ivo Sartori, nesta segunda-feira (13), quando os diretores do grupo, foram recebidos pelo chefe do Executivo, no Palácio Piratini.

“O Estado trabalha com o conceito de eliminar os passivos orgânicos. Essa cultura foi determinante para nossa decisão neste empreendimento”, explicou o gerente de Negócios, Luiz Felipe Pereira. A EcoMetano é especializada na produção de gás natural a partir dos resíduos do agronegócio e de aterros sanitários.

“Dentro das nossas condições apoiamos e somos parceiros”, disse o governador ao analisar o projeto apresentado e seu cronograma. A previsão de implantação do projeto é de 18 meses, com geração de 330 empregos no período que durarem as obras. A produção é de 35mil m3 diários de biometano e 500 toneladas de fertilizante por dia, em cada uma das plantas. “É como abastecer, por exemplo, 2,5 mil carros por dia ou 30 mil residências/dia”, completou Pereira.

O secretário em exercício de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, afirmou que vem crescendo o interesse pela instalação de plantas de biogás (matéria-prima a partir do qual é gerado o biometano) no RS. Aliado a isso, explicou o secretário, em fevereiro foi regulamentada a comercialização do biometamo no país, o que favorece diversas regiões do estado com forte produção agrícola, pois a matéria-prima usada na produção do biogás vai desde dejetos de suínos a cascas de frutas. “O Rio Grande do Sul foi pioneiro ao apresentar em janeiro o primeiro ônibus do país movido com biometano. Esse combustível já é presente e não mais futuro, e em breve vai estar nas ruas beneficiando os gaúchos”, afirmou.

Participaram da reunião a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e o presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo.