Aprovamos na última semana, na Câmara Federal, o projeto que amplia as doenças detectadas pelo teste do pezinho. Nessa ampliação, será incluída a detecção da Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença rara neuromuscular que causa a degeneração e perda de neurônios motores da medula espinhal e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia.
A inclusão de diagnóstico da AME no teste ampliado do pezinho ocorreu por meio de emenda que apresentei ao projeto de lei da ampliação de detecção de doenças realizado em recém-nascidos. Me empenhei trabalhando nessa causa por reconhecer a importância vital do diagnóstico precoce que possibilita que milhares de crianças tenham uma vida digna e com qualidade ao fazer o tratamento correto.
Além da emenda, fiz uma petição online que recebeu mais de 14 mil assinaturas de pessoas manifestando-se favoráveis à adição do diagnóstico da AME no teste ampliado do pezinho. É importante ressaltar que, a celeridade no início de tratamento adequado também reduz gastos na saúde pública com internações e tratamentos que não teriam a eficácia por não se adequarem aos pacientes com Atrofia Muscular Espinhal.
Quando o parlamento se une e trabalha por uma causa sem fazer distinções entre direita e esquerda, oposição e situação, e conseguimos fazer um acordo colocando o interesse da população, da saúde pública, do bem-estar das pessoas em primeiro lugar, a sociedade brasileira sai vitoriosa. Foi isso que vimos na terça-feira, 23, na Câmara Federal. Conquistamos um avanço histórico na saúde.
O projeto de ampliação do teste do pezinho segue para aprovação no Senado Federal. Após aprovado na Casa, sancionado e publicado, terá um ano para entrar em vigor. O diagnóstico da AME no teste ampliado do pezinho estará na etapa cinco da implementação.