A quarta reunião do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs) foi realizada na tarde desta quinta-feira, 7, no Pavilhão do Parque de Eventos Fundaparque, durante a Fiema Brasil, em Bento Gonçalves. O encontro, que pela primeira vez ocorreu fora de Porto Alegre, contou com a presença do secretário de Minas e Energia Lucas Redecker e do presidente do Comitê, Roberto Sartori.
Na oportunidade, Redecker anunciou a publicação de um decreto estadual de incentivo à energia fotovoltaica, que vai desonerar a micro e minigeração fotovoltaica. O assunto faz parte dos estudos desenvolvidos no Plano Energético, recentemente lançado pelo Governo do Estado, que apresenta um conjunto de diretrizes e propostas para o setor energético estadual e aponta os obstáculos que precisam ser enfrentados para um abastecimento de energia continuado e com qualidade ao longo da próxima década.
De acordo com Redecker, o Rio Grande do Sul possui potencialidades energéticas que estão na ponta de atração de investimentos de energia do país. Também exaltou o crescimento atual do Estado no setor, dando destaque às potencialidades de geração de energia hídrica, eólica e por biomassa.
Segundo o presidente do Copergs, Roberto Sartori, as obras de transmissão são os principais focos do Comitê, que deve estar sempre à disposição para debater os temas de relevância, considerados importantes para a sociedade gaúcha.
O representante do Operador Nacional do Sistema (ONS), Manoel Botelho, aproveitou o encontro para demonstrar sua preocupação quanto às obras de linhas de transmissão entre Lajeado e Garibaldi. A MGF Energy, empresa licitada para realização das obras, não cumpriu o prazo determinado e, a pedido da Secretaria de Minas e Energia, foi retirada do serviço. Existe ainda a possibilidade da criação de uma nova licitação, mas as concessionárias gaúchas, CEEE, AES Sul, RGE e Certel, estudam outras alternativas para solução do impasse. Entretanto, Botelho afirmou que o abastecimento está sendo reforçado nas subestações dos municípios de Lajeado e Garibaldi, com dois transformadores em cada. O que deverá auxiliar para que não ocorram problemas nessas regiões.
O presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, falou sobre o panorama da energia fotovoltaica no Brasil. “O consumidor residencial tem o maior potencial para a mini e microgeração, porque são os que mais pagam pela energia, que é cara no RS. O Estado é o terceiro com maior número de conexões no país, são 186”, disse. Sauaia também destacou a quantidade de projetos fotovoltaicos no Rio Grande do Sul, exaltado a iniciativa do Governo do Estado, que decretou a desoneração da micro e minigeração fotovoltaica. Com base nas informações do Plano Energético, Sauaia também sugeriu ao Estado a criação de um leilão estadual para atrair grandes investidores.
Também participaram do encontro o secretário adjunto de Minas e Energia, Artur Lemos, o gerente de Planejamento e Programas, José Francisco Braga, além de lideranças regionais e locais.