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O presidente do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs), Ricardo Siufi, anunciou, nesta terça-feira (1º), os nomes dos coordenadores dos subcomitês de Geração e Transmissão de Energia Elétrica, de Distribuição de Energia Elétrica e de Assuntos Ambientais. Sérgio Machado (AES Sul) ficará responsável pelo de Geração e Transmissão de Energia, e Luiz Carlos Tadiello (CEEE), pelo de Distribuição. A Federação das Insdústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), que aceitou o convite para participar das discussões, anunciará nos próximos dias seu integrante na Subcomissão de Assuntos Ambientais.

O encontro em que foi feito o anúncio reuniu representantes das distribuidoras no auditório do Sebrae na Expointer. Os coordenadores deverão elaborar um relatório detalhado, especialmente nas áreas de licenciamento ambiental. Também vão apresentar uma proposta de padronização de procedimentos técnicos, administrativos e operacionais relativos à microgeração distribuída no Estado. Os documentos de cada subcomissão serão entregues ao secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, em data ainda a ser marcada por Siufi.
“Reativamos o Copergs para desenvolver estudos e projeções sobre a matriz energética do Estado e contribuir com propostas e ações para o planejamento energético. Com apoio dos players de diversas áreas do setor, vamos pensar no coletivo e trabalhar de forma organizada para que haja resultados práticos”, disse Redecker.

Bacia de Pelotas

Durante o encontro, o coordenador do Escritório Regional Sul da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Edson Silva, fez uma explanação sobre a participação da Bacia de Pelotas na 13ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás. O leilão, marcado para 7 de outubro, reunirá 266 blocos em 22 setores de dez bacias sedimentares, num total de aproximadamente 125 mil quilômetros quadrados, em dez estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, serão 51 blocos considerados novas fronteiras. A área já foi ofertada anteriormente, mas agora, com os estudos sismológicos mais avançados e com resultados positivos, deve ter atenção especial das empresas que participarão do processo.

Trinta e sete empresas inscreveram-se para esta rodada. De acordo com Silva, na 5ª Rodada, em 2003, nenhum dos 33 blocos da Bacia de Pelotas recebeu oferta de exploração. No ano seguinte, dos 33 blocos, a Petrobrás arrematou seis. Em 2005, repetiu-se o feito de 2003: nenhum dos 27 blocos recebeu oferta. Em 2006, na 8ª Rodada, a exploração de 27 blocos foi suspensa por decisão judicial. Entretanto, o sucesso do leilão de blocos no Uruguai, em 2009, levou a ANP a ter confiança de que os leilões da Bacia de Pelotas poderão atrair investimentos para o Rio Grande do Sul. A expectativa da agência é assinar os contratos de concessão no dia 23 de dezembro.

Desafio energético do Brasil

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, foi convidado para falar sobre o abastecimento de energia no Brasil. Segundo ele, o país precisa dobrar sua oferta de energia para sustentar o crescimento econômico nos próximos 15 anos e fazer frente à perspectiva de desenvolvimento de 4,5% ao ano. Se o mercado crescer 3,5%, o sistema elétrico nacional terá que dobrar em cerca de 20 anos. Ventura destacou, no entanto, que o suprimento de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional está assegurado no triênio 2015/2017 e que não há visualização estatística de déficits ou racionamentos no período.

Também participaram da reunião os secretários de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, e do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Miki Breier, e o presidente da CEEE, Paulo de Tarso.