O carvão mineral e o potencial desse mineral para a geração de energia foram os principais temas abordados durante encontro com o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral, Fernando Zancan, que fez uma visita cortesia ao secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, na manhã desta quinta-feira (10).
Para Zancan, é preciso que seja feito um amplo debate sobre a atual matriz energética brasileira. “Fala-se do carvão, mas o petróleo é ainda mais poluente. Realizamos um trabalho homeopático para desmistificar o carvão mineral”, argumentou. Ele saudou os inúmeros investimentos que estão se instalando no RS tendo o mineral como matéria-prima, mas argumentou que muito mais pode ser feito. “Precisamos de uma mobilização política proporcional ao tamanho das nossas reservas”, argumentou. Zancan ainda colocou a entidade à disposição para unir esforços com a Secretaria de Minas e Energia em prol da valorização do carvão.
Redecker, por sua vez, reafirmou a sua crença no potencial do carvão gaúcho para gerar riquezas para o Rio Grande do Sul. “90% das reservas deste mineral no país estão em solo gaúcho e podem ser melhor aproveitadas para gerar desenvolvimento. É preciso superar este estigma que se criou em torno do carvão, que hoje deixou de ser um poluente graças as tecnologias disponíveis, que minimizam os impactos ambientais”. O secretário ainda informou que levará o tema para o debate no Fórum Nacional dos Secretários de Minas e Energia, onde é vice-presidente, e que está criando o Comergs (Comitê de Planejamento de Mineração do Rio Grande do Sul) que terá como missão cuidar de todos os aspectos relacionados à exploração desse mineral no RS.
Conforme dados da Associação Brasileira do Carvão Mineral, apenas pouco mais de 1% da energia gerada no Brasil advém do carvão mineral, enquanto na China, Alemanha e Estados Unidos, esse índice ultrapassa a casa de 30%.