Durante a visita à Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (21), o vice-presidente Michel Temer recebeu o deputado estadual Lucas Redecker, a direção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), a Abicalçados e deputados. Na pauta, problemas enfrentados pelas indústrias com as barreiras impostas pela Argentina.
Redecker destacou que o calçado é um produto “perecível”, uma vez que a coleção retida na fronteira entre os dois países destina-se para o Natal. “Há mais de 100 dias há lotes aguardando a liberação, sem que haja uma expectativa”, afirmou.
O presidente da ACI, Marcelo Clark Alves, que estava acompanhado do diretor de Relações Institucionais da entidade, Marco Aurélio Kirsch, reiterou ao vice-presidente a necessidade de solucionar o impasse. “Temos que encontrar uma solução para a situação que atinge de forma especial as indústrias gaúchas não só de calçado, mas alimentação e moveleira”, disse. O líder empresarial também enfatizou que “além do país vizinho não deixar entrar o calçado brasileiro, estão comprando da China”. O presidente da ACI também reforçou com Temer o fato de que “não há mais espaço para reuniões entre governo e calçadistas. Precisamos de uma solução imediata”.
O vice-presidente da República afirmou que assim que retornar para Brasília entrará em contato com os deputados de seu partido e com a presidente Dilma Rousseff, objetivando discutir o assunto. E ressaltou que este não é um problema exclusivo do Rio Grande do Sul.
Representando a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), a diretora de exportação da empresa Piccadilly, Micheline Twigger, pediu respeito aos acordos pré-estabelecidos entre os países e os representantes do setor. “Estamos sendo prejudicados. São quase 1 milhão de calçados retidos na fronteira”, contou ela.