Durante a manifestação de líder, na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Lucas Redecker falou sobre as enchentes que afetaram o RS nos últimos dias, principalmente no Vale dos Sinos. Para Redecker, os problemas precisam ser discutidos antes que eles aconteçam e não depois. “Até quando deixaremos de nos preparar para as grandes precipitações de chuva no Estado do Rio Grande do Sul? Até quando haverá correria atrás da Defesa Civil porque não foram resolvidos problemas básicos”, questionou o parlamentar.
Redecker mostrou na tribuna uma reportagem de 2002 que mostrava naquela época que estava-se buscando abrigo para os desabrigados dos mesmos locais que foram atingidos pela enchente dos últimos dias. “Isso em 2002! E ocorreu o mesmo problema agora novamente”, disse ele.
O parlamentar citou que no PAC 2 há um programa que trata especificamente do combate às enchentes. “Algumas obras foram de fato realizadas na cidade de Novo Hamburgo, mas a execução orçamentária de 2012 foi de apenas 7% do PAC 2 e, neste ano, não houve execução orçamentária. Essas seriam as condições para buscar o bombeamento funcional nas beiras dos arroios dos bairros Canudos e Santo Afonso. As bombas de Novo Hamburgo tiveram de ser desligadas pelo excesso de água. Na cidade, quando não há chuva, há racionamento e, quando há chuva demais, é preciso desligar as bombas porque não há condições de captar essa água do rio dos Sinos”, disse ele.
Para Redecker, precisa haver uma política mais específica para solucionar o problema dessas regiões atingidas por enchentes. “Acima de tudo, as execuções orçamentárias têm que sair do papel para podermos dar condições a essas populações que vivem às margens dos diques e perto dos rios. Deveria ser positivo morar à beira de um rio, mas ali é negativo, porque a infraestrutura governamental não oferece condições que resolvam os problemas que ocorrem quando chove além do normal”, concluiu.