O período da Tribuna Popular da sessão plenária de quinta-feira (2) foi ocupado pelo presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Arlino Nelson Ritter, que abordou problemas na gestão do Grupo. Segundo ele, o clima entre os funcionários do GHC – que congrega o Hospital Nossa Senhora da Conceição, o Hospital da Criança Conceição, Fêmina e Cristo Redentor – é de preocupação e incertezas. “O Grupo tem orçamento garantido e quadro profissional da melhor qualidade em todas as áreas. Falta gestão profissional”, afirmou. Conforme Ritter, o orçamento do GHC é de R$ 1,2 bilhão ao ano.
Os problemas apontados – entre eles, nomeações de funcionários sem habilidade técnica, funções gratificadas em desacordo com o cargo e falta de qualidade no serviço prestado pela empresa responsável pela higienização – são alvo de representação da Associação junto ao Ministério Público Federal. “A falta de qualidade do serviço de higienização tem relação com o aumento das infecções hospitalares”, enfatizou. Por último, o funcionário do Grupo Conceição afirmou que veio à Tribuna para sensibilizar os deputados sobre o tema.
O líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker (PSDB), ouviu atentamente a explanação do presidente da Associação e se disse perplexo com as denúncias de nomeações clientelistas e pelos problemas enfrentados, apesar do seu orçamento. “Isso tudo apresentado aqui me deixa muito preocupado e apavorado, pois se trata de um grupo que tem mais de R$ 1,2 bilhão de orçamento anual, enquanto temos 70% dos atendimentos do SUS, no Rio Grande do Sul, sendo feitos por entidades filantrópicas e beneficentes, hospitais do interior do Estado que não têm recursos, ganham pouco do SUS e não têm o mínimo de atenção por parte do governo do Estado e o Grupo Hospitalar Conceição, com um orçamento de dar inveja, apresentando todas essas dificuldades”.