Um ranking em que nenhum município gostaria de figurar limita o desenvolvimento de cidades gaúchas. O isolamento provocado pela falta de acesso asfáltico transformou municípios de potencial em locais onde o transporte é 35% mais caro, as indústrias não querem se instalar, o comércio não cresce e até a agricultura encontra um limitador.
Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), são 104 cidades com trechos sem asfalto. Desses, levantamento de ZH encontrou 77 sem qualquer acesso pavimentado. Com polos regionais como Erechim e Passo Fundo, o Norte é o campeão dessa estatística indesejável, com 30 municípios que ainda amargam acessos com estradas intransitáveis, dificultando o crescimento econômico.
– Sem asfalto, os empreendedores investem em outras regiões – diz o presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Gilberto Tonello. Conforme estimativas da Secretaria de Infraestrutura do Estado, se todos os municípios fossem asfaltados haveria crescimento de 2,5% no PIB gaúcho.
Uma comissão criada pela Assembleia para estudar o assunto realizou audiências em regiões sem asfalto e concluiu que o desenvolvimento econômico e social é ligado diretamente à infraestrutura asfáltica.
fonte: Zero Hora