O deputado estadual Lucas Redecker pediu à Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da AL, durante a reunião semanal da comissão na manhã de hoje (02), que acompanhe as notícias envolvendo o embargo russo à carne gaúcha, anunciado nesta quinta-feira. O parlamentar manifestou preocupação em relação ao novo anúncio, que chega num momento de grande dificuldade do segmento, especialmente para os suinocultores gaúchos. “Semana passada realizamos uma audiência pública quando falamos do baixo preço pago pelo suíno ao produtor rural e em especial a situação dos produtores não integrados, que além de arcarem com o custo de produção ainda precisam encontrar mercado para o produto, e agora nos deparamos com mais esta notícia”, disse.
Parte do problema poderia ser resolvido, defende o deputado, com o fortalecimento do mercado interno, como forma de valorizar e proteger o produtor, sem prejudicar a cadeia produtiva.
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A Rússia anunciou que irá proibir a importação de carne e produtos compostos de carne de 27 empresas do Rio Grande do Sul, a partir do próximo dia 15 de junho. Destas, 10 seriam indústrias de carne de frango. Nas demais, há fábricas de rações para animais. A inspeção sanitária russa desconfia dos serviços veterinários. A lista do embargo também inclui 62 fábricas do Mato Grosso e do Paraná. Segundo comunicado, da forma como está estabelecido o programa de controle veterinário vigente no Brasil, são poucas as amostras de carne submetidas a testes, não garantindo a qualidade de toda a produção. Uma vistoria por técnicos russos já havia acontecido há cerca de dois meses no Estado. Ocorreram restrições e suspensões temporárias, mas as autoridades e os empresários não acreditavam que esta proibição à compra aconteceria. O Brasil é o mais vendedor de carne para a Rússia. Essa receita gerada anualmente fica próxima de US$ 2 bilhões. Antes da proibição, 236 empresas brasileiras exportavam para o mercado russo.