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A Comissão de Viação e Transporte da Câmara aprovou nesta quarta-feira (1º) requerimento do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) que pede a realização de uma audiência pública, no próximo dia 15, para discutir os problemas das empresas aéreas brasileiras. Para o tucano, apesar da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ter anunciado medidas para tentar conter o caos nos aeroportos neste final de ano, ainda faltam muitas explicações.

Segundo Macris, a prova de que nada foi resolvido são os novos problemas registrados com a TAM no último final de semana, quando foram suspensas as vendas de passagens da empresa. Ontem, a determinação foi cancelada. O deputado acredita que falta fiscalização por parte do governo, pois as empresas sempre alegam problemas nas suas escalas de tripulação e falta de pessoal.

“Isso é uma tragédia da má gestão. Ou seja, não se conseguiu gerenciar bem o sistema aéreo brasileiro. O governo não deu conta disso, foi incompetente para resolver a questão e essa é a primeira herança maldita que o presidente Lula está deixando para a sua sucessora”, criticou.

O parlamentar também destacou que a falta de mecânicos para garantir a manutenção das aeronaves pode gerar uma crise na segurança da aviação civil. Para Macris, a questão é séria, já que a legislação brasileira não permite a contratação de técnicos estrangeiros para suprir a demanda das empresas aéreas nacionais.

SEGURANÇA

“Nós não temos mecânicos suficientes no Brasil, o que torna o problema mais grave ainda. O aumento da demanda, segundo denúncia do próprio sindicato, faz com que os profissionais fiquem se revezando, fazendo hora extra e aumentando a carga horária acima da capacidade física deles. Isso começa a comprometer a segurança de voos”, alertou.

Devem participar da audiência, prevista para ser realizada dentro de duas semanas, os presidentes da ANAC e da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Também foram convidados os representantes do Sindicato Nacional dos Aeroviários e os presidentes da Gol, Tam e Webjet.

Fonte: Diário Tucano