A Secretaria de Minas e Energia do Estado e CEEE, em parceria com a Fiergs, lançaram na noite de terça-feira (01) o Balanço Energético do Rio Grande do Sul. O material foi elaborado em 2015, com dados de 2014, e divulga a contabilidade relativa à oferta e ao consumo de energia no Estado, contemplando atividades e operações ligadas à exploração e produção de recursos energéticos primários, às contas de importação e exportação, à distribuição e ao uso final da energia.
Em 2014, os principais energéticos consumidos, conforme o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, foram o óleo diesel, a eletricidade, a gasolina e a lenha, que representaram 71,2% do total consumido. Por setores, os transportes consumiram 45,8% da energia, seguida da indústria, com o consumo de alimentos e bebidas, seguida da indústria química e de papel e celulose.
Redecker também enfatizou que o balanço é de fundamental importância para as atividades de planejamento e acompanhamento do setor energético gaúcho. “Ele reúne as séries históricas das diversas operações ligadas à oferta e demanda dos diferentes energéticos, além de informações sobre reservas, capacidades instaladas e importantes dados colhidos junto às empresas, órgãos, instituições e entidades setoriais”, afirmou.
O secretário ainda aproveitou o encontro para falar sobre o lançamento do Plano Energético, marcado para o próximo dia 17 de março, em ato a ser realizado no Palácio Piratini. Diferentemente do Balanço Energético – que faz uma análise do ano que passou – o Plano Energético traz o planejamento para a próxima década, deixando claros quais são os gargalos que precisam ser superados para um abastecimento de energia com qualidade e continuado aos gaúchos. Falou ainda dos programas e ações no sentido de estimular as fontes alternativas de energia, como a fotovoltaica, biomassa, eólica e hídrica, além do carvão mineral, cujas reservas do RS chegam a 90% de tudo o que está disponível no país.
Durante o evento, que ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o presidente Heitor Müller disse que “quanto mais energia produzirmos, mais garantidas estarão as indústrias e mais ICMS elas vão gerar”. Para Müller, o Rio Grande do Sul tem todas as condições de ser autossuficiente na produção de energia, o que, consequentemente, impactaria positivamente na geração de ICMS para o Rio Grande do Sul. “A oferta de energia nos preocupa, mas vemos aqui que o tema está sendo olhado de uma forma específica e bastante focada”, disse Müller.