A viabilidade de construção de um novo gasoduto ligando cinco países da América do Sul começa a ser analisada a partir de agora, com a assinatura do acordo de cooperação técnica, assinado no fim da tarde de ontem (11) em Uruguaiana. A próxima etapa consiste na busca dos recursos necessários para a realização do estudo de viabilidade técnica e econômica e técnica. Pela proposta, o gasoduto partiria da cidade Yacuíba, na Bolívia, passaria por Assuncion, no Paraguai; por Corrientes, na Argentina, indo até Uruguaiana e depois o Uruguai.
O secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, afirmou que o Governo do Estado tem deixado claro que é necessário avaliar a construção de um novo gasoduto entrando no RS. “Hoje recebemos dois milhões de metros cúbicos de gás por dia, mas temos potencial e demanda para receber até seis milhões de metros cúbicos dia”, garantiu. Redecker disse a assinatura do termo é o princípio do que pode ser no futuro a solução do abastecimento de gás no RS.
Já o secretário de Energia da Província de Corrientes, Juan Marceloo Gatti, afirmou que a Argentina, assim como o Paraguai – que já assinou carta de intenções com a Argentina – tem pleno interesse no desenvolvimento de projetos de integração energética entre os países. “É uma honra e um privilégio estar em Uruguaiana somando-nos aos futuros estudos de uma integração energética. Todos temos consciência de que devemos nos interconectarmos e promover o desenvolvimento de uma região. E para isso é necessário energia”, afirmou.
Já para o prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider a obra acena com a possibilidade de se resolver o problema de abastecimento da usina térmica da AES Sul instalada no município. “Pensamos no gasoduto como uma possibilidade de fornecimento para uma série de atividades industriais, criando condições diferenciadas para a atração de empresas à Fronteira-Oeste”, afirma. Além disso, em um segundo momento, será avaliada a possibilidade de expandir o empreendimento por outras regiões do Rio Grande do Sul.