O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Venho hoje a esta tribuna para tratar de um assunto muito importante para o desenvolvimento e para o turismo do Rio Grande do Sul, especificamente para a Região dos Campos de Cima da Serra.
No final de semana passado, tive a oportunidade de fazer um roteiro para visitar alguns Municípios dos Campos de Cima da Serra – região do deputado Alceu Barbosa, pela qual S. Exa. tem grande apreço.
Conversei com o prefeito, com o vice-prefeito e com o presidente da Câmara de Vereadores de Cambará do Sul sobre a situação das estradas. Tenho o hábito de percorrer a região e comecei a ficar muito preocupado com as estradas estaduais, mais especificamente com a RS-020, que liga Cambará do Sul a São José dos Ausentes e que está quase intransitável. Essa é uma estrada difícil, de chão, com muitas pedras, que sofre os efeitos da chuva e do trânsito de caminhões pesados. Os problemas não surgiram agora, mas, neste momento, a situação é crítica, piorou muito. Na terça-feira, já havia comentado com o deputado Alceu Barbosa sobre essa questão.
Foi feito um convênio entre o Ministério do Turismo, o Estado e a Prefeitura de Cambará do Sul destinando recursos para a RS-020. Do trecho de 50 quilômetros da rodovia, no ano anterior, mais ou menos 6 quilômetros foram asfaltados. Dois meses depois da eleição, as máquinas foram retiradas da pista, as obras da estrada pararam, e o dinheiro do Ministério do Turismo ainda não chegou para que possam pavimentar a rodovia. Pelas informações que recebi do prefeito, o dinheiro irá chegar para dar continuidade à obra. Não tenho dúvida de que o Ministério do Turismo irá enviar esse recurso.
Faço aqui um apelo ao DAER no sentido de que dê atenção à RS-020. Há mais de dois meses, não passam sequer uma máquina naquela estrada, não têm posto terra, brita e nem dado condições de trânsito à população de Cambará do Sul, de São José dos Ausentes e das localidades em volta da empresa Celulose Cambará, que é responsável pelo sustento e pela pujança daquela região.
Hoje, essa situação tem resultado em dificuldades para a produção de madeira. A região especificamente trabalha com madeira, levando-a para a Celulose Cambará, derrubando mata – área reflorestada, evidentemente. O nosso turismo está comprometido porque não há o trânsito de turistas, tendo em vista que, se nem carros grandes, caminhonetes, carros com estrutura mais forte conseguem, muitas vezes, passar, o que se dirá de carros pequenos, de pessoas que vão até lá para visitar o Município de São José dos Ausentes.
Nesta época, os pecuaristas estão plantando as lavouras de pasto para se prepararem para o inverno, que é muito rigoroso na Região dos Campos de Cima da Serra. Por isso, eles precisam ter estrutura para manter a sua criação. Eles não estão tendo estrutura nem para poder ir à cidade comprar sementes e implementos para terem condições de deixar suas propriedades em dia.
Faço um apelo aqui ao DAER, ao secretário de Infraestrutura e Logística, uma pessoa por quem tenho grande apreço e respeito pela sua competência no trabalho e na função que está exercendo, para que mandem máquinas para a RS-020, no trecho de Cambará do Sul a São José dos Ausentes, a fim de que deixem a estrada em condição de trafegabilidade. Ressalto que estamos numa época do ano em que naquela região chove demais, e isso acaba comprometendo não só o turismo e o escoamento da produção de madeira, que é muito grande, mas também, e principalmente, o trânsito dos produtores, que não têm condições de sair do interior e ir à cidade para organizar a sua propriedade.
Espero que o Ministério do Turismo faça o repasse do restante das verbas para que possamos, quem sabe até o final deste ano, ter aquele trecho asfaltado, propiciando que os Municípios de Cambará e São José dos Ausentes se desenvolvam cada vez mais. Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)