A Agência Nacional de Petróleo realizou nesta quarta-feira (07) a 13ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás, no Rio de Janeiro. Os 51 blocos divididos em três setores da Bacia Pelotas, trecho de aproximadamente 200 quilômetros entre Santa Vitória do Palmar e do Chuí, não foram arrematados.

De acordo com o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, que acompanhou o leilão, a bacia demonstra possibilidade concreta de ter petróleo e gás natural por estar próxima à bacia do Uruguai. No entanto, após o lance, o investidor ainda terá que iniciar uma pesquisa aprofundada do lote antes de explorá-lo. “A expectativa é que se comece a explorar petróleo no Uruguai e aí a bacia terá maior viabilidade”, disse.

De 266 blocos ofertados no país, apenas 37 foram arrematados. Em entrevista ao Gaúcha Repórter, o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, afirmou que a falta de ofertas é um reflexo da condição do preço do barril de petróleo e da insegurança econômica.

Com a futura produção, o Estado garantiria o recebimento de recursos através de royalties. Municípios como Santa Vitória do Palmar sofreriam grande impacto econômico. De acordo com o prefeito Eduardo Morrone (PT), a geração de empregos e a prestação de serviços seriam semelhantes ao que já ocorre na cidade devido ao Polo Naval de Rio Grande e ao estaleiro de São José do Norte.

Bacia Pelotas

A área da Bacia Pelotas é de 18,6 mil km² e um volume de petróleo estimado em 15 bilhões de barris. Dos 51 blocos, mais da metade fica em águas profundas, com lâmina d’água entre 1,5 mil e 3 mil metros e com necessidade de até 5 km de perfuração no fundo do mar. A ANP prevê investimento mínimo de R$ 530 milhões por parte das vencedoras do leilão.

* Com informações da Rádio Gaúcha