O deputado estadual Lucas Redecker manifestou-se na tribuna da Assembleia Legislativa sobre a situação da Fase (Fundação de Atendimento Sócio-Educativo), que tem um déficit de nomeações da ordem de 700 servidores. Na contramão desse déficit está o aumento do envolvimento de jovens que cumprem penas socioeducativas com a venda de drogas, que cresceu 192% nos últimos cinco anos.
Para Redecker, o crescimento no número de horas extras justifica a recomposição do quadro de servidores da Fase. Conforme levantamento feito pelo parlamentar, em 2012 foram pagos R$ 23 milhões em horas extras, ou seja, 48% a mais ante os R$ 15 milhões pagos em 2010. Com os gastos de horas extras de 2012, explicou Redecker, poderiam ser contratados 733 novos servidores. “Por exemplo, em Passo Fundo, uma das casas que mais apresentam horas extras não se chamou nenhum agente sócio educador, sendo que o diretor solicitou 15 servidores. Eu gostaria que o governo se manifestasse sobre esses dados e que resolvesse esse problema”, afirmou ele.
Outro dado apresentado pelo parlamentar dá conta que a proporção de horas extras em comparação com a folha de pagamento gira em torno de 76%. “Ou seja, falta pouco para pagarmos o equivalente a folha salarial apenas com as horas extras”, avaliou o parlamentar.
A Fase possui hoje 1.362 funcionários e 943 internos.