O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Cumprimento o vereador eleito, o mais votado do Município de São Jerônimo, do PSDB, Rodrigo Marcolin, que faz uma visita ao Parlamento e acompanha esta sessão.
Gostaria de dividir com os colegas deputados uma referência positiva que quero fazer ao secretário Estadual de Desenvolvimento e Promoção de Investimentos, Mauro Knijnik, do governo Tarso Dutra.
Muitas vezes, venho à tribuna criticar e discordar do governo do Estado, mas hoje quero concordar com o secretário, por falar o que pensa na condição, acima de tudo, de representante do Estado do Rio Grande do Sul.
O secretário Mauro Knijnik declarou ao Jornal do Comércio, no dia de hoje, que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não utiliza o Rio Grande do Sul como opção de investimento em diversas áreas, como a automotiva, a dos semicondutores, de saúde avançada, do óleo e gás, entre outras.
O secretário também afirma que tem receio de que, ao levar ao Ministério do Desenvolvimento algum projeto de atração para o Rio Grande do Sul, o ministério encaminhe esse projeto para outro Estado.
Ressalto que isso não foi dito pelo deputado Lucas Redecker, mas pelo secretário Mauro Knijnik, do governo Tarso Dutra.
Venho aqui externar a minha preocupação, que não é de hoje. Há cerca de dois anos, eu e os deputados Giovani Feltes e João Fischer fomos à Argentina debater com o Ministério da Indústria a situação dos pares de calçados que estavam à espera de licença na fronteira para serem comercializados naquele país.
Na ocasião, escutamos do próprio Ministério da Indústria que se tratava de um assunto que deveria ser resolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Brasil, com a indústria Argentina. Havia um saldo positivo entre o Brasil e a Argentina na relação comercial com o Mercosul, e havia um saldo negativo entre o nosso Estado e a Argentina nos trâmites das trocas de produtos, venda e compra.
O secretário Knijnik afirma que o Mercosul não tem a atenção, no que se refere às trocas com o Rio Grande do Sul, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Não há somente o problema da Argentina, mas também o embargo russo à carne brasileira, principalmente à carne gaúcha, que fecha agora um ano no valor de 454 milhões de dólares. O Dr. Mauro Knijnik, na sua condição de secretário, defendeu o Estado do Rio Grande do Sul, mesmo que a posição do Ministério do Desenvolvimento não seja essa.
Muitas vezes batemos, assim como outros deputados, à porta do ministério, tentando buscar a valorização do nosso produto na troca comercial com outros países e na atração de empresas, mas não obtivemos resposta.
Vejo que essa preocupação se externa, neste momento, como uma preocupação de Estado. Como deputado de oposição, viemos aqui diversas vezes para reclamar, e hoje o governo também reclama e abraça essa causa; portanto, trata-se de uma causa de Estado.
Penso que esse pode ser o primeiro passo no sentido de começarmos a defender o Rio Grande do Sul na busca de investimentos e de competitividade com outros Estados da Federação para que nos tornemos mais pujantes e desenvolvidos e nossas empresas possam gerar mais empregos e recursos.
Parabenizo o secretário Dr. Mauro Knijnik, do governo Tarso. Esta tribuna não é utilizada pelo PSDB apenas para criticar o governo. Muitas vezes a utilizamos para louvar atitudes que colocam o Rio Grande do Sul em primeiro lugar e desmistificam a condição do alinhamento das estrelas na busca de investimentos.
Queremos nos unir, independentemente de partido político, para trazer investimentos ao Estado, colocando seus interesses em primeiro lugar. Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)