O líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, cobrou do governo do Estado na tribuna da AL, nesta quarta-feira (14), a execução do estudo de viabilidade (que tem recursos garantidos no Orçamento de 2012) para construção do Aeroporto 20 de Setembro. Conforme o deputado, até o momento não houve nenhuma movimentação por parte do governo no sentido de se realizar o estudo, que é urgente, uma vez que há indicadores que demonstram o esgotamento do Aeroporto Salgado Filho em no máximo 10 anos, além da Copa do Mundo. Da mesma forma, Redecker citou o exemplo da ERS-010, que está com o projeto parado. Confira o pronunciamento do deputado em plenário, nesta quarta-feira (14):
“Venho à tribuna falar sobre um assunto extremamente importante para o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de um assunto que se debatia antes mesmo da minha chegada a este Parlamento e é discutido também pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal, pelos executivos e legislativos municipais.
Refiro-me à necessidade de construção de aeroportos no País, bem como de ampliação dos já existentes. E nos preocupa, em especial, a situação do Aeroporto Salgado Filho.
Nos últimos meses, através da leitura dos jornais de grande circulação no Estado, tomamos conhecimento os impedimentos que existem para um crescimento da Capital, tendo em vista o limite 45 metros acima do nível do mar que deve ser respeitado pelas construções. Tal limite representa, também, um impedimento para obras que visem a ampliar o nosso aeroporto.
Há mais de 15 anos vimos discutindo a necessidade de ampliação da pista do Salgado Filho. Essa discussão continua sendo feita, mas até hoje não definimos nenhum posicionamento no que diz respeito a quando iremos executar tal obra. Da mesma forma, fala-se da possibilidade de construção de uma outra pista no nosso aeroporto, mas, devido ao pequeno espaço físico que ele apresenta, as dificuldades para a concretização desse projeto são muito grandes. Quem sabe precisemos de mais 15 anos de debates para executá-lo.
Realizamos audiências públicas na Assembleia Legislativa e propusemos que fosse discutida a obra do Aeroporto 20 de Setembro, a ser construído em uma área de 2.500 hectares que está disponível entre os Municípios de Nova Santa Rita e Portão. Esse aeroporto teria a estrutura necessária para atender a demanda existente no Estado, além de uma condição diferenciada de localização, que evitaria os frequentes problemas de fechamento que, em virtude da neblina, registram-se no Aeroporto Salgado Filho.
No dia de ontem, por exemplo, por causa do tempo, voos precisaram ser arremetidos no nosso aeroporto, que não dispõe de todos os equipamentos necessários para as suas operações.
A privatização de alguns aeroportos promovida pelo governo federal foi um grande passo, tendo em vista, sobretudo, à postura histórica do Partido dos Trabalhadores, de ser contrário às privatizações. O governo, embora atrasado, entrou nessa moda e conseguiu privatizar esses aeroportos.
Estamos preocupados com a falta de solução para o Aeroporto Internacional Salgado Filho. A Copa do Mundo está chegando. Não temos hoje um cronograma para, até a Copa, resolver o problema de pousos e decolagens em nosso aeroporto. Segundo os jornais nos informam, em 10 anos, precisaremos de um novo aeroporto. Quem disse isso foi o presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos de Vale, que nos alertou sobre a necessidade da construção de um novo aeroporto.
Posterior a isso, realizamos uma audiência pública sobre a inclusão de 1 milhão, 608 mil e 570 reais, no orçamento deste ano, na Secretaria de Infraestrutura e Logística para estudos de implantação de um novo aeroporto. Ainda não tivemos a sinalização do governo de quando esses estudos acontecerão.
Estamos preocupados porque o Estado do Rio Grande do Sul prima pelo desenvolvimento e, acima de tudo, possui, como falei anteriormente, uma das cidades-sedes da Copa do Mundo. Ainda há a discussão sobre o impasse em relação à reforma do estádio-sede de nosso Município, que espero seja resolvido nesta semana.
Agora, não adianta resolvermos o problema do estádio que sediará a Copa do Mundo e passarmos a pautar um novo problema, que é a falta de infraestrutura no Estado.”