O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Saúdo os vereadores Diogo Vaz e Nercio da Silva, de Barão do Triunfo, que estiveram há pouco no nosso gabinete e ora acompanham a sessão.
Colegas deputados, falamos sobre a EGR, e esta Casa já teve condição, em outros momentos, de fazer uma vasta discussão sobre a sua criação.
Muitos se revezaram na tribuna, uns favoráveis, outros contrários, alguns mostrando o quão bom seria a criação da EGR aqui, no Estado do Rio Grande do Sul. Confesso que, naquela discussão, eu tinha um pingo de esperança de que a EGR, sim, viesse no lugar do DAER para administrar os pedágios e de que tivéssemos, de fato, uma empresa que fizesse a diferença nas rodovias pedagiadas que fossem de incumbência do Estado.
Até então, não é o que estamos vendo. Aqui, hoje, debatemos os contratos emergenciais, que estão sendo propostos pelo governo. Estamos acompanhando o dia a dia da EGR.
Tenho certeza de que os deputados que andam pelo Estado – e todos andam – estão vendo, inclusive os da base do governo, a dificuldade que é rodar pelas estradas gaúchas pedagiadas.
Nesse final de semana, fiz um roteiro entre o Vale dos Sinos e o Vale do Taquari. Fui até Soledade. Vim por estradas paralelas, não circulei só pela BR-386. Percebi a dificuldade que os gaúchos passam pagando pedágio.
Há poucos dias, o jornal Folha do Mate publicou a manchete: Ministério Público quer fim da cobrança do pedágio. A ação se justifica pelo estado preocupante da RSC-287, estrada que liga Venâncio Aires, Candelária e Santa Cruz do Sul.
No dia seguinte, noticiou o jornal O Informativo do Vale: MP de Lajeado estuda acionar EGR na Justiça, a exemplo do MP de Venâncio. Ou seja, não era um fato isolado, não era apenas uma estrada. Mais de uma estrada os Ministérios Públicos de outras regiões utilizaram como exemplo.
Para resolver esse problema de Venâncio Aires, o deputado Gilberto Capoani mostrou nesta tribuna que de cima de um caminhão foi tocado asfalto quente e um funcionário tapou um buraco com o pé. Depois da primeira chuva, deputado Gilberto Capoani, quem passou por lá viu o que aconteceu com o buraco tapado com o pé, o asfalto se foi estrada abaixo.
Aqui no Vale dos Sinos, na ERS-239, além de termos uma parada total das obras que vão de Taquara até Rolante, a duplicação proposta, temos os buracos que se abriram na estrada. Quem vem de Sapiranga e chega em Araricá, na beira da ERS-239 tem um cone e uma placa sinalizando que os motoristas devem desviar, porque, há mais de dois meses, temos aquele problema. O vereador Clóris esteve hoje no meu gabinete e mostrou uma foto, porque fica em frente a sua residência.
No Município de Parobé, uma manifestação trancou a ERS-239 no intuito de que, além das revisões e da operação tapa buraco, seja colocada sinalização e, acima de tudo, redutores de velocidade, porque diversas pessoas estão morrendo atropeladas na ERS-239 por falta de passarelas, por falta de viadutos e pela própria condição da via, que tem buracos e, nos dias de chuva, a aquaplanagem toca os carros para fora da estrada. Digo isso por experiência, porque a vida inteira trafeguei naquela estrada.
Esperávamos, sim, uma melhoria em relação aos problemas existentes, mas não estamos vendo melhora alguma.
Então colegas deputados, não tenho dúvida de que este projeto será aprovado aqui porque o governo tem a maioria, mas, com a aprovação e com o que vem sendo arrecadado pela EGR, quero encaminhar no sentido de que esses valores possam, de fato, serem colocados nas estradas coordenadas e administradas pelo governo do Estado, para que tenham a segurança necessária para os contribuintes do Rio Grande do Sul.
Tudo que foi relatado aqui não foi invenção minha, está em matérias de jornais, e não fui eu que plantou nos jornais espontaneamente, foi publicado para mostrar a situação das estradas da EGR.
O deputado Alexandre Postal falou muito bem sobre o período das chuvas – que choveu mais que o normal –, mas que possamos ter por parte do governo e da EGR uma atenção especial. Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)