O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Saúdo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill – muito obrigado por sua presença, secretário; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, o amigo Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB – e ex-presidente da Associação Brasileira de Angus, José Paulo Dornelles Cairoli; dirigentes e representantes de entidades: da Federasul, José Américo da Silva; da Associação Nacional de Criadores Herd Book Collares, Mário Ubirajara Rota Anselmi; da Associação dos Moradores do Bairro Mundo Novo, de Novo Hamburgo, Paulo Emir Ávila; do Sindicato Rural de Cachoeira do Sul, o amigo Renato Lermen; do Sindicato Rural de Gravataí, Ubirajara Costa; da Embrapa, Joel Brazzale Leal; e da Associação Brasileira de Criadores de Pura Raça Chilena, Gustavo Goulart.
Saúdo também os colegas deputados; o público presente.
Uma saudação especial à minha mãe, que prestigia este evento.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pecuaristas, associados, técnicos e direção da Associação Brasileira de Angus, sinto-me muito honrado e feliz por poder homenagear a entidade no ano do seu cinquentenário.
Estamos aqui brindando não apenas a passagem de uma data histórica e especial, mas também homenageando o trabalho incansável e abnegado da associação na busca de novos mercados, de uma genética de excelência e que tem a tarefa de levar ao conhecimento dos brasileiros as qualidades dessa carne nobre.
No dia 20 de setembro de 1963, foi fundada, em Uruguaiana, pelos idealizadores Flávio Bastos Tellechea e Antonio Martins Bastos Filho, a Associação Brasileira de Angus, que contribuiu sobremaneira para o crescimento dessa raça no Rio Grande do Sul e no Brasil, transformando-a em símbolo de eficiência no campo e qualidade na mesa.
Foram muitos os desafios enfrentados desde que os primeiros exemplares de angus foram trazidos para os campos do Sul, no início do século passado. A existência de uma associação foi fundamental para superá-los, dando rumos à criação nos últimos 50 anos.
Aprimorar e orientar a seleção genética, inicialmente no Rio Grande do Sul, berço dos criatórios; desenvolver linhagens adaptadas ao clima tropical da maior parte do País, consolidando a raça nacionalmente; organizar a cadeia com foco na produção de carne de qualidade foram apenas algumas das fases importantes da trajetória da Angus Brasil, que fizeram da raça líder entre as taurinas no País e sinônimo de maciez e sabor para o consumidor.
Angus é uma raça de bovinos, destinada à produção de carne de qualidade superior e tem as suas origens no nordeste da Escócia, onde o seu aperfeiçoamento começou há cerca de 200 anos.
Os primeiros registros da raça de cor negra datam de aproximadamente mil anos, porém somente no século XVIII foi considerada uma raça e então denominada de aberdeen angus. Ao final desse século,Sir Hugh Watson daria início aos trabalhos de seleção daquela que seria no futuro a raça cuja carne é sinônimo da carne mais apreciada no mundo. Atualmente pode-se encontrar duas variedades de pelagens na raças: a black angus e a red angus.
Hoje. a raça angus é criada em praticamente todos os cantos do planeta, entre os quais se destacam a Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Europa e Nova Zelândia .
No Brasil, a raça angus foi introduzida inicialmente na região de Bagé, por isso, o Rio Grande do Sul é considerado um dos mais importantes centros de criação de angus no Brasil.
O primeiro registro genealógico da raça no País foi realizado em 1906, pelo criador Leonardo Collares Sobrinho, com o touro menelik, vindo do Uruguai. Desde as primeiras décadas do século XX, o domínio do bovino angus já era percebido nos campos rio-grandenses pela enorme adaptabilidade que a raça britânica apresentou ao clima dos pampas.
A obstinação pode ser a palavra-chave dos criadores de angus e talvez represente bem mais do que um traço da história da raça que soma mais de um século de atividades no Brasil.
Há relatos da criação de aberdeen angus desde 1905, adquiridos pela Estância da Conceição, localizada entre Tupanciretã e Cruz Alta. Também entre os pioneiros da raça está a Cabanha Santo Antão, de Alegrete.
Em 1976, ocorreu a primeira exportação oficial brasileira. Nesse ano, o touro angus kc high chaparral1695, grande campeão da Expointer de 1976, foi vendido pela Santa Bárbara para a Cabanha Três Marias, na Argentina. Coincide com essa época o início dos trabalhos de seleção dos rebanhos pelos técnicos da Angus. Até então, o serviço de seleção bovina era feito pela Secretaria Estadual da Agricultura.
Em 1970, os técnicos da secretaria receberam treinamento para realizar o registro de raças. No mesmo ano, foram criados os registros genealógicos de puros por cruza, compreendendo os puros por cruza de origem conhecida e os puros por cruza de origem desconhecida, respectivamente, na raça aberdeenangus identificados com a marca Certificado Angus e Angus Definido.
Os criadores perceberam que, a partir da identificação de animais pelos técnicos, ocorreria a consolidação da raça de corte, porque eles conheciam o padrão que a angus deveria seguir.
Aliado ao padrão de qualidade e melhoria da raça no campo, nos anos 80 começou a difusão das características da aberdeen angus para os demais Estados brasileiros. Os técnicos gaúchos foram os primeiros a atuar com a raça fora do Rio Grande do Sul, a levar os conhecimentos da angus aos criadores de Santa Catarina e Paraná e, mais tarde, a ajudar na sua propagação pelos Estados do Centro-Oeste e Sudeste. No início dos anos 80, já havia pavilhões de nelore, pardo suíço e limousin na exposição de Londrina, e foram introduzidos os animais angus.
Aos poucos, os pecuaristas desses Estados foram conhecendo o quanto esses animais eram eficientes e que tinham uma seleção muito mais rigorosa do que os puros por origem. Entre os anos 80 e 90, devido aos resultados, sobretudo de boa ambientação nas fazendas do Brasil central, a angus espalhou-se para Estados como Mato Grosso, Goiás e Rondônia. No Paraná, entre os criadores na vanguarda da adoção da raça no cruzamento industrial, está a família Filippon. Outro expressivo apoio ao desenvolvimento da raça ocorreu com a importação de touros argentinos como o Bartolomé, pai de comprovada linhagem em pista.
Nos últimos 10 anos, os criadores encontraram no bovino angus médio as condições ideais de criação, com garantia de produção e rentabilidade. A carne passou a ter gordura e precocidade, a produção do animal ocorre em menor prazo, servindo de instrumento de genética para uma raça de qualidade, econômica, que dá cria todos os anos no campo e que atende ao que o mercado quer: animais com idade jovem e que tenham camada de gordura suficiente.
Nesse aspecto, contribuíram para o sucesso da raça a carne marmorizada de fina textura sem a necessidade de aparas excessivas, o que garante à ela sabor, suculência e maciez, e a habilidade da raça num programa de cruzamentos, apresentando níveis ótimos de heterose, principalmente no que diz respeito às características relacionadas à habilidade materna. Com grande qualidade, a sua utilização é estendida para cruzamentos.
A raça angus é famosa pela sua robustez, pelo seu fácil manejo e pela sua adaptação às diversas condições atmosféricas e ambientais. Apresenta boa acumulação e distribuição de gordura na porção intermuscular, o que garante a resistência em períodos de poucas chuvas. É mansa, apresenta precocidade de terminação, precocidade sexual e é a raça que desmama uma maior quantidade de quilos de terneiro por quilos de matriz, sendo assim muito eficiente.
Hoje, quando vemos a inquestionável pujança da angus no País, não se imagina que foi preciso ultrapassar meio século para se atingir mais de mil animais registrados num único ano. Atualmente, em comparação, são 534.440 animais registrados, sendo 156.918 animais puros de origem, 347.398 de puros por cruza e 30.124 de cruzamentos sob controle de genealogia. Complementar ao avanço do Serviço de Registro Genealógico, a seleção de indivíduos comprovadamente superiores através de dados objetivos de performance também foi impulsionada pela Associação Brasileira de Angus. Se antes os controles iniciais limitavam-se às pesagens nas fazendas e aos testes de ganho de peso, a avaliação genética possibilitou ampliar o rigor do controle de produção e proporcionou o melhoramento genético dos rebanhos.
Atualmente, a angus é a principal raça entre todas as participantes do Programa Melhoramento de Bovinos de Carne – Promebo –, apresentando o maior número de criadores usuários, de rebanhos controlados e de número de produtos inscritos ou avaliados. Desde a introdução do Promebo, que oferece informações objetivas tanto à seleção de animais quanto à escolha técnica de reprodutores para inseminação artificial, já foram avaliados mais de 207 mil produtos angus controlados.
Para se ter uma ideia, a venda de doses de sêmen angus cresceu 21% no Brasil em 2012, período em que o mercado nacional de corte obteve incremento de 6%. O relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, referente à comercialização de doses de sêmen no Brasil, aponta a liderança isolada da angus entre as raças taurinas, uma vez que a angus comercializou 2,9 milhões de doses de sêmen somente em 2012. Este desempenho e predomínio da raça é recorde no País e pode ser verificado, ainda, ao se observar que a angus detém mais de 38,7% do mercado de sêmen das raças de corte do País.
Somente no Rio Grande do Sul, foram 302 mil doses de sêmen angus comercializadas, o que representa 54% do mercado gaúcho.
Fora do âmbito gaúcho, foram vendidas 1,8 milhão de doses de sêmen angus, especialmente no Brasil central, nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que mostra a grande utilização do angus no gado zebuíno. Isso comprova o alto uso da raça e sua eficiência no cruzamento industrial no território nacional. De cada 10 terneiros nascidos no Brasil, nove terão sangue angus.
Esses números demonstram, antes de tudo, a qualidade da raça, o que a torna a preferência nacional quando o assunto é gado de corte europeu e, sobretudo, quanto utilizada no cruzamento industrial. Paralelamente a isso, devemos destacar o trabalho desempenhado pela Associação Brasileira de Angus através do seu corpo técnico, conselho técnico e demais setores que atuam na divulgação dos benefícios da raça quando o assunto é genética e carne de qualidade.
O grande crescimento da raça deve-se também ao casamento perfeito, que é o cruzamento de tourosangus com matrizes zebuínas, na sua maioria nelore, pois unindo a precocidade de terminação, precocidade sexual e qualidade da carne do angus com a rusticidade dos zebuínos, tem-se um animal muito eficiente em qualquer sistema de produção.
A qualidade da carne de angus é apropriada não só para o mercado interno, mas também para o externo, pois é considerada por muitos como a melhor. O angus apresenta de 3 a 6 milímetros de gordura, de acordo com as exigências europeias, e sua carne é marmorizada, o que lhe confere a já famosa maciez e sabor.
Os consumidores, que estão se tornando cada vez mais exigentes, buscam por produtos de maior qualidade. Adicionalmente, a preocupação com os aspectos relacionados à saúde e bem-estar das pessoas também tem aumentado consideravelmente. No caso específico das carnes, essa demanda acontece tanto pelos atributos intrínsecos de qualidade, como maciez, sabor e quantidade de gordura, como também pelas características de ordem ou natureza voltadas para as formas de produção, processamento e comercialização, dentre outros.
Nesse quesito, preocupada com a qualidade e com a classificação da carne que chega ao mercado consumidor, a Associação Brasileira de Angus deu importante passo na instituição do Programa de Carne Angus Certificada, em parceria com a indústria frigorífica, para produção de carne de alta qualidade.
Com o lançamento do programa, a Associação Brasileira de Angus mudou a forma como produtores, frigoríficos, varejistas e consumidores relacionam-se. No lugar da disputa por vantagens individuais, a cadeia passou a trabalhar em conjunto, agregando mais valor em todas as etapas da produção.
A consolidação desse processo com o auxílio de novas tecnologias no campo e fora dele, bem como a construção de uma linhagem cada vez adaptada às condições brasileiras e orientada para produção de carne estão no centro das ações e projetos futuros da associação.
O programa tem por objetivos a valorização da carne angus e suas cruzas, o pagamento por qualidade aos produtores engajados, fomentar o crescimento da raça angus e fortalecer e integrar a cadeia produtiva além da produção de carne de alta qualidade de acordo com critérios valorizados pelo mercado, com a certificação da Associação Brasileira de Angus, buscando atender os mais exigentes consumidores.
A carne angus é certificada pela Angus Brasil através da identificação diferenciada da carcaça no frigorífico por técnicos credenciados nas plantas frigoríficas certificadas. A identificação é realizada a partir da inspeção dos animais nos currais de abate e novamente na linha de abate, onde são avaliados individualmente quanto à pelagem, conformação da cabeça e da carcaça, idade e grau de acabamento, sendo conferido um carimbo com a letra a na linha de abate àqueles animais que forem aprovados na avaliação final. Todas as etapas de produção são acompanhadas pelos técnicos do programa, atestando o alto padrão de qualidade do processo. Toda a carne é embalada a vácuo e recebe uma etiqueta diferenciada, em que o selo de certificação da Associação Brasileira de Angus é visível.
Em novembro de 2006, buscando a valorização do cruzamento com angus nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, foram firmadas parcerias importantes com frigoríficos dessas regiões, ampliando assim o mercado para a carne angus. Buscando ampliar o atendimento a nichos especiais de mercado como restaurantes e churrascarias especializadas do centro do País, atendendo a grande demanda pela carne angus naquela região, no ano de 2007 a Associação Brasileira de Angus firmou parceria para a produção de carne de alta qualidade a partir de animais cruza-angus no Brasil Central, que produz uma linha especializada de produtos com marca própria e a certificação da Angus Brasil.
O Sr. Frederico Antunes (PP) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o presidente Pedro Westphalen; o secretário Afonso Motta, neste ato representando o governador Tarso Genro; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Marco Antônio Gomes Costa; o nosso querido amigo e ex-presidente da Associação Brasileira de Angus, hoje presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Sr. José Paulo Dornelles Cairoli.
Cumprimento o deputado Lucas Redecker, agradecendo-lhe a oportunidade que nos dá, no Parlamento gaúcho, ao trazer este grande expediente em homenagem aos 50 anos da Associação Brasileira de Angus.
Saúdo os demais colegas deputados e deputadas; os ex-presidentes da associação na pessoa do Sr. Salvador; a todos que também fazem parte da diretoria; a minha querida prima Cláudia; enfim, os homens e mulheres que tocam adiante esta importante raça de bovinos no nosso País.
Não está presente, mas saúdo o presidente do nosso núcleo de Uruguaiana, minha base, Sr. Ignacio Tellechea.
Quero inicialmente dizer que pela nossa terra começou o criatório de angus. Depois, o primeiro registro foi feito em Bagé. As cidades de fronteira do sul do Rio Grande do Sul foram as precursoras da raçaangus.
Atualmente, estamos notando estes resultados, que poderiam ser resumidos em tudo aquilo que se espera da atividade de produção de carnes, como a fertilidade, a precocidade, o rendimento e a qualidade.
Hoje, estamos difundindo a raça angus por meio da venda de sêmen, como V. Exa. disse, para outras regiões do nosso Estado. Todos os que buscam isso buscam mercado, e quem busca mercado quer essas características.
Vejo que o trabalho, inclusive de marketing, que está sendo feito pelos produtores, pela associação, é fundamental para o conhecimento de quem quer ter mais qualidade e segurança na sanidade, em tudo aquilo que se espera no consumo de uma carne de primeira, como a raça angus nos dá.
É um exemplo que deve ser seguido não só pelas demais raças, mas por todos os empresários: saber trabalhar com persistência, com dedicação, com afinidade para, nos 50 anos do exercício de suas atividades, só colher bons frutos.
Parabéns, deputado Lucas Redecker! Parabéns à raça angus!
O Sr. Miki Breier (PSB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o nosso presidente, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, amigo Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo de Castro Marques – é uma alegria tê-lo conosco; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, amigo José Paulo Dornelles Cairoli, ex-presidente da Associação Brasileira de Angus; e o deputado Lucas Redecker, que promove esta importante homenagem nesta tarde.
Quero saudar, em especial, dona Salete Redecker e dar-lhe os parabéns pelo grande deputado que hoje temos na Assembleia, que muito nos orgulha, não só a sua família, mas ao povo gaúcho, pelo trabalho que vem fazendo nesta Casa, com muita transparência e dedicação, que certamente honra a todos nós. Também é uma alegria para o seu pai, que sempre, certamente, o acompanha, onde quer que esteja.
Em nome da bancada do PSB, do deputado Heitor Schuch, que é da Fetag e conhece muito bem o sindicalismo rural, e do deputado Catarina Paladini, e também da bancada do PCdoB, do deputado Raul Carrion, queremos dizer da alegria de poder fazer parte desta homenagem, porque temos, secretário Afonso Motta, uma geração, muitos jovens, muitos adolescentes que, certamente, conhecem carne somente na panela ou no mercado.
Sabemos da importância de valorizar essa associação, que traz qualidade ao alimento dos gaúchos e das gaúchas.
Há ondas, muitas vezes, de boa alimentação. Alguns dizem que carne vermelha não faz muito bem para a saúde, mas faz parte da nossa tradição e da nossa cultura ter um alimento de qualidade. Essa raça tem feito isso ao longo dos anos, e essa associação tem valorizado o nosso Estado nesse sentido.
Espero que, de fato, possamos levar às nossas escolas a importância da pecuária e fazer com que essa atividade seja absolutamente valorizada, em particular no nosso Estado.
Parabéns ao deputado Lucas Redecker e à Associação Brasileira de Angus!
O Sr. Ronaldo Santini (PTB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Quero, inicialmente, saudar o presidente desta Casa, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB –, José Paulo Dornelles Cairoli; e o deputado Lucas Redecker, proponente deste grande expediente.
Venho de uma cidade, como V. Exa. sabe, que preza muito pela excelência do seu churrasco. O Cairoli é testemunha disso e muitos dos senhores que aí estão conhecem a fama do churrasco de Lagoa Vermelha e da Região dos Campos de Cima da Serra.
Com certeza, a entrada do gado europeu contribuiu muito para a melhoria da qualidade da nossa carne e do nosso churrasco. Por isso, comemorar hoje os 50 anos de uma entidade como essa, que preza e prima pela qualidade do seu gado e sua raça, é muito meritório.
Quero parabenizar V. Exa. pela proposta, desejar vida longa à entidade e que a nossa carne cada vez mais possa ser reconhecida não só em nível de Brasil mas de mundo, como tem sido em diversas comercializações realizadas. Parabéns, deputado Lucas Redecker!
O Sr. Gerson Burmann (PDT) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, amigo e colega de partido Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB – e ex-presidente da Associação Brasileira de Angus, José Paulo Dornelles Cairoli; as Sras e os Srs. Deputados desta Casa; os conselheiros, associados, criadores e colaboradores da Associação Brasileira de Angus; as senhoras e os senhores.
De um modo todo especial, quero cumprimentar o deputado Lucas Redecker, em nome da bancada do PDT e seus sete deputados, por fazer esta homenagem à Associação Brasileira de Angus, que completa 50 anos.
Na verdade, no mundo em que vivemos hoje, que é um mundo globalizado, onde cada vez mais se cobra qualidade dos produtos, o gado angus realmente proporciona isso, uma carne de qualidade que é levada a toda a população.
E nós, que rivalizamos principalmente na comercialização com os Estados Unidos, ficamos contentes porque com a pecuária angus, com certeza, avançamos muito ao longo dos últimos anos em nosso País.
Aqui no Rio Grande do Sul temos em torno de 450 mil cabeças de angus, mas temos avançado muito em número de criadores e também em número de comercialização de sêmen, como foi relatado inclusive no seu pronunciamento.
Nós, que prezamos pela qualidade dos produtos, também prezamos pela qualidade da carne angusfornecida para a nossa população.
Queremos, portanto, em nome da bancada do PDT, somarmo-nos a esta homenagem que V. Exa. presta aos 50 anos da Associação Brasileira de Angus.
Parabéns pela iniciativa, deputado Lucas Redecker!
O Sr. Paulo Odone (PPS) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o presidente e amigo Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Marco Antônio Gomes Costa; e, muito especialmente, o deputado Lucas Redecker – eu não sabia que V. Exa. era tão envolvido e conhecedor da raça angus e da pecuária. O próximo churrasco será patrocinado por V. Exa.
O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Com certeza. Ajudo a assar.
O Sr. Paulo Odone (PPS) – Saúdo também os demais dirigentes e produtores da raça anguspresentes.
Muito humildemente, também sou um produtor de angus e pertenço à associação, embora só o Cairoli saiba disso, e não conta para os outros.
Tenho muito orgulho de pertencer à associação. Não fiz escolha errada quando me dirigi ao angus. Hoje, tenho lá um rebanho definido. Quando ouço todos esses números que foram dados, sei que não é conversa de gaúcho que usa o lenço para esconder o papo. Isso é a realidade. Saio satisfeito de lá ao ver que faço um toque de prenhez com mais de 90%, no geral. Penso que acertei, Cairoli. Penso que acertamos.
No Rio Grande do Sul, nós, que somos tão irredentistas e diferentes, nos orgulhamos de ter, sabedores de o que o Brasil é o grande exportador de carne nelore, o nosso nicho de carne europeia. Sem dúvida, é uma carne mais selecionada, especial, e que tem um nicho de mercado, pelo qual teremos de lutar mais para poder ser valorizado lá fora. Ainda não temos.
A outra consideração que faço é no sentido de que, com todo esse esforço e o sucesso na seleção, no aprimoramento e na qualidade, está na hora também de começarmos a cuidar de todo o manejo disso, desde o preparo do gado no campo até o abate.
A Angus, que também é mais avançada nisso, tem tudo para pôr ordem na casa dos frigoríficos e dos transportadores, para pensarmos na defesa do bem-estar desses animais.
Sou coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais. Tomem nota: vai crescer cada vez mais a defesa em relação aos direitos dos nossos cavalos crioulos, do nosso gado e ao manejo deles.
Parabéns, presidente. Parabéns aos produtores de angus! Deputado Lucas Redecker, V. Exa. é uma surpresa maravilhosa a cada dia. Cumprimentos.
A Sra. Marisa Formolo (PT) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o presidente desta Casa, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Sr. Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, o sempre lutador José Paulo Dornelles Cairolli, ex-presidente da Associação Brasileira de Angus; o deputado Lucas Redecker, proponente deste grande expediente; as Sras. e os Srs. Parlamentares; os convidados aqui presentes.
Em nome do Partido dos Trabalhadores, venho saudá-los, muito mais do que pelo produto, pelo processo organizativo. O produto é fruto também da qualidade de organização dos produtores e do apoio político para que o Brasil se coloque entre os melhores produtores e comerciantes do mundo nesse tipo de produto.
Sabemos que uma política de desenvolvimento precisa ter no setor primário, como é o caso do Rio Grande do Sul e do Brasil, não só a venda dos produtos in natura, mas a sua transformação para que se agregue valor ao processo de produção. Há poucos dias, estivemos em Israel e na Palestina e vimos como a economia, especialmente a de Israel, avança pelo conhecimento do processo de transformação dos produtos primários, desde os diamantes. Aliás, é o país que recebe perto de 50% dos diamantes do mundo. Isto é dominar o conhecimento do processo, é estar se apropriando e podendo competir com o processo produtivo e comercial no mundo.
O nosso País, mesmo passando por uma crise, temos certeza, construirá uma melhor democracia, porque ninguém quer que o setor produtivo e o setor social passem por retrocessos que já foram vividos anteriormente.
Neste momento, deputado Lucas Redecker, V. Exa. está reforçando que o processo produtivo é um dos elementos do desenvolvimento, mas a democracia e a qualidade política de se fazer o desenvolvimento social integram uma forma associativa. E vocês, como produtores, conseguiram dar esse exemplo de unidade que, tenho certeza, o Brasil todo fará para ser um País cada vez melhor para todos. Muito obrigada.
A Sra. Maria Helena Sartori (PMDB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Saúdo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, neste ato representando o governador do Estado em exercício, Beto Grill; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Marco Antônio Gomes Costa; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, José Paulo Dornelles Cairolli; o deputado Lucas Redecker, proponente deste grande expediente; as Sras. e os Srs. Deputados.
Em nome da bancada do PMDB, queremos nos associar a esta iniciativa do deputado Lucas Redecker. Por intermédio de S. Exa., a Assembleia faz, nesta data, um reconhecimento especial aos 50 anos de trajetória da Associação Brasileira de Angus, resgatando o pioneirismo de mais de um século do primeiro exemplar dessa raça vindo do Uruguai.
Ao mesmo tempo em que parabenizamos a associação, no entanto, devemos registrar nossa preocupação. No mês de junho, o Rio Grande do Sul foi superado pelo Estado de Rondônia em termos de exportações de carne bovina, tanto em receita quanto em volume embarcado. Essa é uma situação que contrasta com o histórico e com a tradição do nosso Estado no que diz respeito à produção de carne de corte.
A situação igualmente distoa do quanto o nosso pecuarista tem investido, nos últimos anos, no aprimoramento genético. Enquanto lamentamos a falta de uma política que incentive e valorize o setor no Estado, as nossas entidades dão mostras do quanto devemos investir e recuperar a importância histórica da pecuária para a nossa economia.
Cabe ao Estado aliar-se às entidades representativas da pecuária e, assim, recuperar o nosso espaço no mercado mundial de carnes. Parabéns, deputado Lucas, por trazer este tema à Casa e promover esta homenagem a quem presta um grande serviço ao Estado e constitui um grande potencial da nossa economia.
Muito obrigada.
O Sr. Jorge Pozzobom (PSDB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)
Deputado Lucas Redecker, é uma satisfação fazer este aparte em nome da nossa bancada, que é integrada também por V. Exa., pela deputadas Zilá Breitenbach e Elisabete Felice e pelos deputados Adilson Troca e Pedro Pereira.
Saúdo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen, um magistrado que temos nesta Casa; o secretário de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas e particular amigo Afonso Motta – a raça angus foi introduzida em Bagé, região em que V. Exa. foi meu professor e conhece muito bem; o presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques; o vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Marco Antônio Gomes Costa; e o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB – e ex-presidente da Associação Brasileira de Angus, José Paulo Dornelles Cairoli, um amigo desta Casa, um homem determinado pelo amor que tem pelo Estado e que muito nos ajuda. Temos obrigação de escutar todas as críticas que saem da boca do Cairoli, porque são para que todos nós possamos crescer.
Deputado Lucas Redecker, eu estava fazendo pequenas anotações e irei resumi-las em poucas palavras. Se são 50 anos de uma associação e, no Rio Grande do Sul, em média – corrijam-me –, temos em torno de 450 mil cabeças, quem sabe possamos já pensar nos próximos 50 anos.
A qualidade da raça é indiscutível. Temos provas concretas disso. Como falei, a raça foi introduzida em Bagé. Todos nós sabemos sobre a qualidade da pecuária do Rio Grande do Sul, que é um luxo, sem ignorar a raça angus de São de Paulo, de Santa Catarina e do Paraná. Provavelmente foi com base nesse luxo que foi criado o McDonalds Angus Deluxe, que tem esse nome porque a raça é um luxo. A maior prova de que a raça é um luxo é o fato de levar o selo da associação brasileira.
Falam muito em rastreabilidade. Não precisamos de nenhum projeto de rastreabilidade por termos essas pessoas comandando a associação brasileira. Em vez de querer rastrear, venham conversar conosco que iremos ensiná-los. Um abraço a todos.
O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – O período que marcou os 100 anos da raça angus no Brasil, por intermédio do primeiro registro genealógico, coincide com a consolidação do aberdeen angus no Rio Grande do Sul e com o crescimento expressivo nos demais Estados brasileiros, principalmente por meio do cruzamento industrial. O primeiro exemplar angus no País deu início ao desenvolvimento e à criação de uma raça que cumpre seu papel com resultados que produzem carne de qualidade.
É preciso considerar que essa é a carne que oportunizará ao Brasil, que é líder em volume embarcado e, mais recentemente, em exportação de carne em valor comercializado, obter melhores preços médios pagos pelos cortes de carne. É meta do presidente Paulo de Castro Marques e da Associação Brasileira de Angus incrementar a genética angus em rebanhos puros ou cruzados, derrubar tabus que possam existir quanto à adaptabilidade da raça em qualquer ambiente, manter e ampliar o Programa Carne Angus Certificada e especialmente cultivar a união entre os criadores, consolidando posição e agregando valor.
Se hoje a angus é a primeira entre as europeias no País, fato comprovado com a liderança na venda de sêmen e de reprodutores, a participação de criadores e expositores foi fundamental, tanto na contribuição para o aumento de eventos oficiais, como exposições da raça no País, quanto nos resultados que apontam para uma carne primorosa e completa.
A pecuária brasileira é um gigante que movimenta mais de 75 bilhões de reais somente dentro da porteira. Além disso, gera cerca de 6 bilhões de dólares ao ano em divisas e deve fechar o ano com quase 10 milhões de toneladas de carne.
Temos o maior rebanho comercial do mundo, rivalizamos com os Estados Unidos como os maiores exportadores de carne e somos o segundo maior produtor de proteína vermelha. São números dignos de um negócio espetacular. Segundo dados do IBGE, cerca de 80% das mais de 5 milhões de propriedades rurais no Brasil têm pelo menos um bovino.
Produtividade é a palavra de ordem, prezado presidente Paulo. E a raça angus está dando sua contribuição para melhorar os indicadores zootécnicos da pecuária brasileira. Afinal, o angus é a opção genética que mais cresce na preferência do produtor e já é a segunda em número de doses comercializadas.
Os consumidores brasileiros e pelo mundo estão cada vez mais atentos, percebem o valor e se dispõem a pagar pela diferenciação e qualidade do produto. A demanda interna per capita, que em 2011 foi de 40 quilos, aumentando para 42,33 quilos em 2012, segue crescente.
Quem poderá encarar o desafio? Quem poderá produzir para atender a essa demanda? Com certeza o Brasil, e o Rio Grande em particular, especializando-se nos nichos de mercado de diferenciação, agregando qualidade, produzindo cortes especiais a partir das carcaças originadas de rebanhos de raças britânicas, com maciez, marmoreio, suculência e sabor.
Nosso rebanho está cada vez mais apurado, com carcaças bem terminadas, manejadas e processadas de forma correta; as indústrias são idôneas, possuem totais condições higiênicas e sanitárias de receber os animais, processar as carcaças e embalar cortes da mais alta qualidade.
Por isso, devemos ter orgulho e dizer com segurança e firmeza: consumidores, se tranquilizem, pois aqui se produz uma das melhores carnes do mundo.
Parabéns à Associação Brasileira de Angus pelos seus 50 anos. Que venham os próximos 50! (Não revisado pelo orador.)