O Sr. Lucas Redecker (PSDB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento da oradora)
Saúdo o presidente dos trabalhos, deputado Jorge Pozzobom; o promotor de justiça Dr. David Medina da Silva, neste ato representando o procurador-geral de justiça, Dr. Eduardo de Lima Veiga; a deputada federal Keiko Ota, de São Paulo, que está prestigiando este evento; o secretário municipal de Direitos Humanos de Porto Alegre, Luciano Marcantônio, que neste ato representa o prefeito municipal e amigo José Fortunati; a representante da Polícia Civil, delegada Nadine Farias Anflor; a presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, Diza Gonzaga; o presidente da ONG Brasil Sem Grades, Luiz Fernando Oderich; o representante das vítimas de Santa Maria, Sr. Ogier Rosado; o vice-prefeito de Jacutinga, Roque Tortelli; e a deputada Zilá Breitenbach, que faz este grande expediente muito importante.
Em nome da bancada do PSDB, composta pelos deputados Adilson Troca, Elisabete Felice, Jorge Pozzobom, Pedro Pereira e por este parlamentar, parabenizo a deputada Zilá Breitenbach, também de nossa bancada, pelo tema que traz a esta Casa. A violência é um tema discutido diariamente, é uma preocupação não apenas nossa, mas de toda a sociedade.
Após o ato de violência, ocorre algo muito importante. Muitos se vão, infelizmente, alguns por catástrofes, como a que ocorreu em Santa Maria, como o acidente da TAM, no qual perdi meu pai, e alguns por assalto, por violência na rua e circunstâncias em que nem acreditamos. Quem passa por isso sabe. Uma pessoa sai de casa e tem hora para voltar, e ficamos esperando para continuar a vida como era antes, mas nada mais é como antes.
A saudade e a dor só aumentam, e o sentimento de impunidade é o pior de todos.
Deputada Zilá Breitenbach, falamos aqui em familiares de vítimas de violência, pessoas que sofrem no dia a dia porque seus entes queridos não vão voltar e sofrem também com o sentimento de impunidade. Queremos que, de fato, sejam punidos aqueles que cometeram o crime ou não cumpriram com seu papel de fiscalizar e fazer com que as coisas não acontecessem, como no caso de algumas catástrofes. Não queremos ter de carregar para o resto da vida o sentimento de impunidade.
As famílias que aqui ficam devem ser amparadas, devem receber acompanhamento, porque o sentimento de perda, de dor é muito grande.
Parabenizo V. Exa. e quis, em nome da bancada, fazer este aparte porque, infelizmente, associo-me de certa forma por ser um dos familiares de uma vítima de uma grande catástrofe.
Rezo todos os dias para que outras pessoas não passem pelo que passamos e não sintam o que sentimos. Muito obrigado.