A décima segunda reunião do Plano Energético do RS foi realizada nesta sexta-feira, 26, em Palmeira das Missões. O objetivo é ouvir a sociedade quanto às demandas que precisam ser incluídas no plano, que está sendo preparado pela Secretaria de Minas e Energia (SME). No encontro, o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, ressaltou o trabalho, em parceria com outras secretarias de Estado, na construção de um programa para levar energia trifásica ao campo. Quanto ao uso da biomassa, informou que a Sulgás está com chamada pública aberta para a compra de biometano por um prazo de até 20 anos, fato inédito no país e que também beneficia o agricultor, pois vai permitir a ele transformar em energia os dejetos resultantes da atividade agrícola.

Redecker afirmou que está trabalhando em sintonia com a secretária Ana Pelini e fazendo um acompanhamento semanal das licenças ambientais de empreendimentos relacionados à geração de energia e que tem a expectativa de uma maior celeridade nos procedimentos com a inauguração de um espaço junto ao Sema, onde o investidor poderá acompanhar o andamento das licenças solicitadas.

O prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Freire, elogiou o empenho da SME na elaboração do Plano Energético. “É um assunto de extrema relevância para todos. Precisamos identificar as potencialidades da região e desengavetar os projetos para o setor”, disse.

O presidente do Corede Rio da Várzea, Paulo Fernandes, ressaltou a importância da retomada de investimentos. “Precisamos atuar em todas as áreas. Não conseguiremos nos desenvolver se não tivermos infraestrutura. Precisamos de estradas, energia, da ferrovia Norte-Sul. São coisas que vão alavancar nosso crescimento”.

De acordo com o presidente do Corede Celeiro, Carlos Eugênio Azevedo dos Santos, ter energia de qualidade é fundamental para nós. “Qualquer indústria ou fábrica, para gerar emprego, precisa saber se tem energia. Em 2010 fizemos um estudo que apontava, já naquela época, o aumento da carga na área rural. O Plano Energético vai possibilitar alternativas para o desenvolvimento da região”.

Representando a RGE, o engenheiro Luiz Carlos Moreira Júnior, afirmou que é preciso encontrar uma alternativa em conjunto para resolver o problema no campo. Conforme ele, as atuais redes de transmissão têm entre 25 e 30 anos, período em que a atividade agrícola não era tão mecanizada como neste momento. “A empresa investe R$ 1,3 bilhão a cada mudança tarifária, o que equivale a R$ 1 milhão por dia útil, mas estamos dispostos a encontrar juntos o melhor caminho para resolver esses impasses”, afirmou.

Segundo o vereador de Palmeira das Missões, Marcelo Saggin, o município quer atrair investimentos em energia eólica. “Ambientalmente é mais fácil de desenvolver, pois aqui é campo. Espero que olhem com bons olhos para o município. Temos grande potencial de crescimento e, certamente, precisaremos de energia”.

O prefeito em exercício de Caiçara, Silvano Fachin, pediu que a SME ampliasse os estudos de energia fotovoltaica. “O governo deveria incentivar a instalação de placas de energia solar, principalmente nas casas populares, que teriam assim, sustentabilidade no abastecimento”.

Também participaram da reunião a deputada estadual Zilá Breitenbach, prefeitos, vereadores, presidentes de sindicatos e representantes de entidades da região.