irpf-11A tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não teve alteração para o ano-base de 2011 e vai ser corrigida pela meta da inflação de 4,5%. Os cálculos do Sindifisco Nacional apontam que a defasagem do IR desde de 1995 deve passar de 70%.

A fim de compensar toda a inflação acumulada entre 1995 e 2011 o reajuste da tabela deveria ser de 71,5%.

O que revela também que os contribuintes têm sido descontados com valor acima da reposição dos salários, salvo se a correção for feita com base no índice de preços acumulados. O levantamento do Sindifisco tem como base do cálculo o centro da meta de inflação no ano, estipulada em 4,5%.

Conforme matéria publicada pelo Jornal O Globo, ainda em 2010, essa defasagem de 70% faz com que o contribuinte pague até 800% a mais de imposto do que pagaria caso a tabela tivesse sido integralmente corrigida desde 1995, calcula o Sindifisco.

Uma pessoa com renda de R$ 2.500 mensais, por exemplo, paga hoje R$ 101,56 por mês ao Leão.
Se a tabela fosse ajustada de acordo com a inflação acumulada desde 1995, o valor a pagar
cairia para R$ 11,26.  Ou seja, 88,9% a menos.

Educação deveria descontar R$ 4.645

Outro detalhe: a faixa de isenção, por exemplo, saltaria de R$ 1.499,15 para R$ 2.460,11 com um ajuste completo na tabela. Já o limite de dedução por dependente subiria de R$ 1.808,28 por ano para R$ 2.967,39.

No caso da educação, a dedução permitida pelo governo com esse tipo de despesa é de R$ 2.830,84 com base na tabela atual. O valor é ínfimo quando se observa o quanto se gasta com escolas ou cursos de especialização. Com a correção dos limites pela inflação, esse montante subiria para R$ 4.645,41.