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A Super Banda Real, de Nova Petrópolis, recebeu o prêmio Vítor Mateus Teixeira, durante solenidade na noite da última terça-feira (09), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. A banda foi indicada ao prêmio pelo deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia, Lucas Redecker.

Redecker comemorou a escolha da banda, dizendo que ela merece a homenagem pelo trabalho que realiza e a alegria que leva às pessoas, mas também pela sua história centenária. Esta é a segunda vez que o parlamentar indica a banda para receber o prêmio.

O PRÊMIO – Criado em 1997, o evento é promovido anualmente pela Assembleia Legislativa. Foram 101 indicações feitas por 19 deputados estaduais, o que registra um aumento de quase 20% em relação à edição anterior, em que 86 nomes foram apresentados para concorrer. A comissão julgadora é formada por representantes do Sindicato dos Compositores Musicais do RS – SICOM/RS; Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul; Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore – IGTF; Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG; Fundação Vitor Mateus Teixeira; e do Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais da ALRS.

Saiba mais sobre a Super Banda Real

A Banda Real iniciou seu trabalho em fevereiro de 1892 pelos músicos Felipe Michaelsen e Antônio Haugg. Formado na época por 7 músicos, o principal foco do grupo era a música germânica e folclórica. Quatro anos depois de sua formação, Felipe Michaelsen entregou sua posição de sócio, e por mais de 36 anos Antônio Haugg assumiu o comando da banda sozinho.

Na época, os bailes de kerb, que duravam de três a quatro dias, estavam em alta. E eram esses bailes que tornaram o grupo conhecido como Bandinha Real. Em 1932, Reinaldo Seibt, um dos músicos do grupo assumiu como diretor e oficializou seu nome como Jazz Real. Reinaldo comandou a equipe por 14 anos, e foi entre esse meio tempo que a Jazz Real conseguiu um trunfo: seu primeiro veículo. Anteriormente, sendo que praticamente todos tocavam instrumentos de sopro, o deslocamento era a cavalo. Necessitando de mais agilidade devido ao tempo e distância, a aquisição do veículo foi fundamental e um marco para o grupo musical na época.

Após Reinaldo Seibt, foi a vez de Egon Graebin. Em sua época foi que surgiu a gravação dos primeiros discos de vinil, também conhecidos como LP’s. Em suas mãos, o grupo conseguiu gravar 04 LP’s.

No ano de 1990, os irmãos Renato e Jadir Jannke encararam o desafio de seguir a careira de músico-diretor. Já com 98 anos de estrada, o grupo era conhecido em diversos pontos do sul do Brasil. Foi também na década de 80 que o veículo foi trocado pelo seu primeiro ônibus, pois a aparelhagem e equipamentos foram se tornando cada vez mais necessário. A Jazz Real, então, trocou seu nome para Musical Real.

Com a tecnologia avançando, o último LP gravado tornou-se CD. A partir de então, a disputa no palco tornou-se cada vez mais desafiadora. Cultivando a tradição, a música alemã sempre foi o repertório principal do grupo.

Com 20 anos de diretoria e 5 CD’s gravados, os irmãos Jannke entregaram seu poder em 2010. Atualmente, a diretoria está em sua 5ª geração, em quem assume é Marcos André Raber. Não só a diretoria mudou como o número de integrantes no palco, agora com 6 sopros, totalizando 10 músicos. Também mudou o nome artístico Musical Real para Super Banda Real.