O Grupo CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) fechou 2015 com uma redução de 40,83% nos resultados financeiros. Desta forma, o passivo, que era de R$ 725,4 milhões no fim de 2014, passou para R$ 429,2 milhões. Os dados estão publicados no relatório de Demonstrações Financeiras da companhia, divulgado no dia de hoje (20).

Quem também registrou resultados positivos foi a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), que obteve um lucro líquido de R$ 84,9 milhões em 2015, uma alta de 130,32% e reversão do prejuízo apresentado em 2014, de R$ 280,1 milhões. Já a CEEE-D registrou deficit da ordem de 15,50%, com um prejuízo de R$ 514,2 milhões.

De acordo com o presidente do Grupo CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, o incremento do prejuízo na área de distribuição se deve ao contexto atual do setor elétrico. Entre outros, está o crescimento da receita líquida da ordem de 18%, o que não foi suficiente para cobrir o aumento das despesas, especialmente do custo de energia, que subiu 27%. Citou ainda a energia proveniente de Itaipu, cujo contrato é dolarizado, e uma redução média de consumo de energia da ordem de 4%. Consta ainda a inadimplência na área de concessão da distribuidora, que saltou de 1,5% para 3,2%.

Quanto a evolução de alguns dos indicadores, destaca Pinheiro Machado, isso foi possível em razão de uma série de medidas de gestão e contenção de despesas adotadas desde o início do ano passado, como a criação do comitê de racionalização do gasto, a priorização de investimentos estratégicos para a companhia e a renegociação de dívidas. Entre custos e despesas operacionais, a CEEE conseguiu economizar cerca de R$ 206 milhões em 2015 em relação ao ano anterior, sobrando um total de custos de cerca de R$ 1,65 bilhão.

Pinheiro Machado lembra que a CEEE-D precisa continuar melhorando os seus indicadores, pois teve a concessão renovada por mais 30 anos mediante o cumprimento de uma série de medidas econômicas e de gestão. A distribuidora não pode deixar de atingir os objetivos programados dentro de um espaço de tempo entre dois e cinco anos, sob o risco de perder a concessão. O presidente comemora, entretanto, a melhora dos índices que verificam a frequência e duração das interrupções de energia. No indicador Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), a concessionária obteve uma redução de 37% de 2014 para 2015, passando de 27,45 horas/ano para 17,08 horas/ano. Já no indicador Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), a diminuição foi de 33%, passando de 17,66 o número de vezes de interrupções para 11,70. Esses índices são os melhores que a companhia já registrou nos últimos 15 anos.