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Em audiência pública da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável sobre a situação da suinocultura no RS, na manhã de quarta-feira (25), o vice-presidente da comissão, deputado Lucas Redecker, manifestou preocupação quanto às dificuldades enfrentadas pelos produtores em relação ao baixo preço pago pelos animais e do alto custo de produção. Neste sentido, Redecker sugeriu e defendeu a necessidade de se fortalecer o mercado interno, como forma de valorizar e proteger o suinocultor, sem prejudicar a cadeia produtiva. 

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, participou do encontro e explicou que o sistema de integração e produção é feita por etapas: há produtores que são donos dos seus plantéis e outros que são apenas prestadores de serviços. Quase a totalidade da produção se dá em pequenas e médias propriedades, cada uma delas com no máximo 400 ou 500 animais. A remuneração, segundo ele, se dá por índice de eficiência, levando-se em consideração uma série de fatores, como conversão alimentar, ganho de peso e mortalidade. O baixo preço pago por animal, porém, tem levado os suinocultores a produzir com prejuízos. “O produtor vem ficando cada vez mais pobre”, disse. 

Folador defendeu a regulamentação do setor. “Não há um critério técnico definido, um balizador, estabelecendo quanto cada produtor vai receber, levando em conta os índices de produção e produtividade”, declarou. “Cada empresa institui a sua política de remuneração em cima dos índices que ela preconiza como os mais viáveis dentro do seu sistema”. Segundo ele, com a segmentação, o produtor tornou-se refém do sistema. Por outro lado, aquele que não está em um sistema de integração não consegue vender o seu produto.