As concessionárias e cooperativas de energia elétrica do Rio Grande do Sul estão se somando à força-tarefa criada para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. O assunto foi tema de reunião na tarde desta terça-feira (23) das secretarias de Minas e Energia e Saúde com as concessionárias e cooperativas de energia.

O aplicativo usado para informar ocorrências do mosquito será adaptado para que os leituristas das empresas possam identificar possíveis focos do Aedes. Cada concessionária ou cooperativa fará agora os ajustes técnicos necessários para o imediato início dos trabalhos. Esse mesmo aplicativo já está à disposição do cidadão e pode ser baixado gratuitamente para os sistemas Android e IOS.

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, disse que, “pela estrutura de trabalho e rotina dos leituristas, as empresas de energia podem contribuir muito para o combate do mosquito no Rio Grande do Sul”. Redecker enfatizou que a iniciativa vem ao encontro de várias outras ações que estão sendo desenvolvidas para conscientizar a população sobre a importância do combate ao mosquito.

Já o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que o Rio Grande do Sul tem dado ênfase que a saída não é ficar colocando veneno e larvicida e, sim, atuar preventivamente. “A ação só dura alguns momentos. Se o mosquito não estiver voando, ele não morre. As larvas vão continuar existindo e, por isso, a nossa ação é preferencialmente de prevenção”, destacou.

O apoio dos leituristas se soma a uma série de atividades que vem sendo desenvolvidas pelas concessionárias para chamar a atenção da sociedade para o problema. A partir de março, as contas de luz da CEEE trarão também informações sobre como combater o mosquito. Já RGE, AES Sul e as cooperativas de energia ligadas a Fecoergs estão desenvolvendo campanhas internas e mutirões de limpeza.

Um terço dos municípios do RS tem presença do mosquito

Durante a reunião o secretário Gabbardo também atualizou os números relacionados ao mosquito do Aedes aegypti. Conforme ele, atualmente 182 municípios tem a presença do mosquito da dengue no RS. Desde outubro do ano passado até o momento, o Estado já teve o registro de 31 casos compatíveis com as definições atuais do Ministério da Saúde. Um deles já foi confirmado como relacionado ao vírus, transmitido pelo mesmo mosquito responsável pela dengue e febre chikungunya, o Aedes aegypti.

Em relação a dengue, os casos confirmados passaram a 102, sendo 45 deles autóctones (nativos) e 57 importados. É um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o registrado era 15 casos no total, com apenas dois deles contraídos no RS. Quanto ao zika, são 63 casos suspeitos notificados neste ano, com um deles confirmado (importado, residente em Porto Alegre). Quanto à febre chikungunya, são 63 casos suspeitos, ainda sem nenhuma confirmação.

Possíveis focos de mosquitos também podem ser denunciados à Secretaria Estadual da Saúde através do telefone 08006453308.